Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

| O governo federal disse que o País está caminhando para a normalidade com o fim da greve dos caminhoneiros

Compartilhe esta notícia:

"Nós terminamos o dia ontem e iniciamos hoje com o país voltando à normalidade", disse Sérgio Etchegoyen. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Após 11 dias de bloqueios e manifestações de caminhoneiros por rodovias de todo País, o governo anunciou nesta quinta-feira (31) que o Brasil está retornando à normalidade com o fim da paralisação da categoria, que teve suas principais demandas atendidas por meio de um pacote com impacto bilionário.

Pela primeira vez, desde o início da paralisação dos caminhoneiros em 21 de maio, não houve registro de pontos de aglomeração de pessoas e veículos, ou qualquer outra anormalidade no fluxo normal de veículo, em estradas do País, de acordo com balanço da PRF (Polícia Rodoviária Federal), por volta do meio-dia desta quinta-feira.

“Brasil está rodando e voando normalmente”, afirmou o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, a jornalistas, após reunião no Palácio do Planalto do grupo instaurado pelo governo para acompanhar a situação do desabastecimento provocado pela paralisação.

“Hoje de manhã operações importantes foram levadas a efeito, trazendo as últimas boas notícias. Nós terminamos o dia ontem e iniciamos hoje com o país voltando à normalidade”, acrescentou.

O ministro reconheceu que o cenário ainda é de “filas em alguns lugares”, mas considerou que não houve “interrupção dramática” nos abastecimento de gêneros de primeira necessidade.

O movimento dos caminhoneiros, que no auge das paralisações chegou a realizar mais de 1.000 bloqueios em estradas de todos os Estados e no Distrito Federal, provocou um desabastecimento generalizado e afetou diversos setores da economia. Voos foram cancelados, filas gigantescas se formaram em postos de gasolina e muitas empresas chegaram a interromper a produção.

A greve começou a perder força na segunda-feira, depois que um segundo acordo proposto pelo governo, desta vez atendendo à maior parte das demandas dos caminhoneiros após uma recusa inicial da categoria a uma proposta anterior, e finalmente representantes do movimento recomendaram o fim da paralisação.

Os caminhoneiros em greve vinham mantendo resistência em encerrar o movimento mesmo após o governo acionar o uso das Forças Armadas para desbloquear rodovias e ameaçar impor multas a quem se recusasse a desobstruir as vias.

A principal concessão feita pelo governo foi a redução do preço do litro do óleo diesel em 46 centavos até o fim do ano por meio de redução de impostos e por uma subvenção de 9,5 bilhões de reais da União, que irá ressarcir a Petrobras por perdas com o diesel.

Para tapar o buraco, o governo anunciou uma série de medidas, como reduções de benefícios tributários para exportadores, empresas de refrigerantes e petroquímicas, além de cortes de gastos públicos em áreas como saúde e educação.

Na avaliação do governo, a paralisação dos caminhoneiros teria chegado ao fim antes não fosse por um locaute promovido por empresas distribuidoras de combustíveis e transportadoras que se aproveitaram do movimento para realizar um locaute, quando empresários impedem funcionários de trabalhar, para aumentar seus ganhos.

O Porto de Santos, o maior da América Latina, voltou a ter movimentação de cargas nesta manhã por meio de uma operação coordenada pelo Exército, após vários dias seguidos de bloqueios, e cerca de 70 por cento do abastecimento de combustível do país já tinha voltado ao normal, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

No entanto, um representante da operadora de logística Maersk Line disse que o acesso a Santos havia sido liberado, mas os portões continuavam fechados. “Vimos algumas importações-chave sendo liberadas de terminais no complexo de Santos. Ainda assim, esperamos que os volumes de exportações do Brasil continuarão sendo seriamente impactos pelas próximas semanas”, disse Antonio Dominguez, diretor para da costa leste da América do Sul da Maersk.

Nesta quinta-feira a Polícia Federal prendeu um empresário acusado de locaute no Rio Grande do Sul, na primeira operação resultante de investigações realizadas durante a paralisação.

Segundo o ministro Etchegoyen, não houve nenhum ato de violência por parte do governo no emprego da força contra aqueles que sabotaram o final da greve dos caminhoneiros. O ministro lamentou a morte de um caminhoneiro com uma pedrada lançada por um manifestante em Rondônia.

Ao participar de uma reunião com líderes evangélicos nesta quinta, o presidente Michel Temer ressaltou que não houve confrontos entre as forças de segurança e os grevistas, e ressaltou a importância do diálogo para solucionar a crise.

Temer disse que se sentia “iluminado por Deus” por participar de evento com religiosos no mesmo dia que o país começava a retornar à normalidade. “Acho que fui chamado no dia de hoje iluminado por Deus… para comemorar a pacificação do país, acho que foi isso que nós fizemos”, afirmou.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de |

Comissão da Câmara dos Deputados aprovou a PEC do Teto dos Gastos em segundo turno
Veja os prováveis preços do iPhone 7 no Brasil
https://www.osul.com.br/o-governo-federal-disse-que-o-pais-esta-caminhando-para-a-normalidade-com-o-fim-da-greve-dos-caminhoneiros/ O governo federal disse que o País está caminhando para a normalidade com o fim da greve dos caminhoneiros 2018-05-31
Deixe seu comentário
Pode te interessar