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Brasil O governo federal fechou o primeiro contrato para fabricar respirador em larga escala no País

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A compra da indústria nacional é parte de um plano para obtenção das máquinas sem depender do mercado internacional. (Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde assinou o primeiro acordo com um fabricante nacional de respiradores hospitalares desde que a pandemia de coronavírus atingiu o País.

Em uma força conjunta, a Magnamed, responsável pelo projeto, utilizará a capacidade de produção em larga escala da Flextronics, montadora internacional que normalmente atende o mercado de telecomunicações e tecnologia, para entregar 6.500 aparelhos até agosto, com expectativa de 2 mil unidades no primeiro mês.

O valor do contrato não foi revelado, mas calcula-se no mercado que cada respirador destes fique entre R$ 50 mil e R$ 60 mil. Ambas as empresas têm sede no Estado de São Paulo.

O ministério já havia comunicado os principais fornecedores de respiradores do País, cerca de quatro empresas, que a produção seria toda absorvida pelo governo federal. Porém essas fábricas precisam de parceiros maiores para multiplicar por dez a sua capacidade de entrega.

Entre várias iniciativas em curso, a junção Magnamed-Flextronics foi até agora a que conseguiu reunir todas as especificidades necessárias para receber a bênção federal. Em Santa Catarina, a produtora de geradores Weg já tem linhas de montagem prontas para produzir um modelo alemão de respirador para o governo federal. Falta a “canetada”. A empresa afirma ter capacidade para produzir 50 respiradores por dia.

Dependência da China

Respiradores são aparelhos montados no Brasil com peças importadas. Iniciativas para a produção destas peças engatinham. No entanto, executivos afirmam que não há pânico em relação à China, principal produtor destes insumos.

“É só pagar e eles te entregam”, afirmou interlocutor próximo à Magnamed. “Além disso, componentes importantes vêm da Suíça e da Alemanha, por exemplo. São fornecedores de longa data.”

Na USP (Universidade de São Paulo) e também na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), pesquisadores desenvolvem modelos baratos de respirador que visam justamente a driblar a necessidade de peças importadas.

São projetos de baixíssimo custo, entre R$ 1.000 e R$ 2.000, para uso em caso de ausência de equipamento sofisticado.

A previsão mais otimista na USP é ter um modelo aprovado para fabricação em três semanas. Na UFRJ, o Coppe (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia) calcula em no mínimo um mês o tempo para ter um produto comercializável.

Bate-cabeça

Nos mercados hospitalar, de investimentos e no Ministério da Saúde, juntar a vontade de ajudar com a exigência para entregar não tem sido tarefa simples.

Bancos e fundos de investimento acompanham projetos e aguardam a garantia dos contratos federais para entrar nas operações de financiamento de peças e contratações de pessoal. Enquanto isso, encomendas aumentam as filas na China.

A Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), por exemplo, tem seu protótipo feito em parceria com Senai e iniciativa privada, e está disposta a abrir o projeto para quem quiser fabricar, mas precisa de homologação da Anvisa para o aparelho.

Desde o início da crise, projetos inundam o Ministério da Saúde diariamente, mas a grande maioria esbarra em critérios técnicos — ou a empresa não tem capacidade de produção em larga escala, ou não obedece aos requisitos para a produção de material hospitalar.

Para produzir respiradores, é necessário projeto homologado e com uma empresa de equipamento hospitalar responsável.

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https://www.osul.com.br/o-governo-federal-fechou-o-primeiro-contrato-para-fabricar-respirador-em-larga-escala-no-pais/ O governo federal fechou o primeiro contrato para fabricar respirador em larga escala no País 2020-04-08
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