Sábado, 04 de outubro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Notícias O governo nega que exista um ‘gabinete do ódio’

Compartilhe esta notícia:

CPI das Fake News mira grupo que integraria 'gabinete do ódio' no Planalto. (Foto: José Dias/PR)

O Palácio do Planalto “nega veementemente a existência de um chamado gabinete do ódio na estrutura institucional da Presidência da República”. O termo foi usado para descrever a atuação dos assessores em reportagens dos jornais “O Estado de S. Paulo” e “Folha de S.Paulo”, que também usaram a expressão “gabinete da raiva”.

Sobre as atividades desempenhadas pelos três funcionários públicos, o governo se limitou a dizer, por meio de nota, que “todos os servidores lotados nesse órgão desempenham suas funções técnicas inerentes aos cargos ocupados”. O jornal o Globo questionou quais são essas “funções técnicas”, mas não houve resposta.

Tido como uma espécie de mentor do grupo, Carlos Bolsonaro afirmou na quarta-feira, no Twitter, após o trio ser convocado pela CPI, que “quem criou o gabinete” foi seu pai e quem o apelidou de “gabinete do ódio” foi a imprensa.

“E quem ‘acreditou’ foram os ‘otários’, como esse ‘Major Otárius Olímpius’”, complementou, ao compartilhar declaração do senador e ex-aliado Major Olímpio (PSL-SP) sobre a suposta atuação dos integrantes do gabinete. Olímpio disse que “cabe crime de improbidade a quem permitiu” a existência do do gabinete.

Em setembro, no dia seguinte à publicação de reportagens sobre o grupo, Bolsonaro reclamou com jornalistas do que classificou como invenção.

— Deturpa tudo na imprensa. É impressionante… É impressionante a falta de patriotismo. Como agora a gente vê gabinete do ódio. O que é isso? Como inventam esse negócio? Pelo amor de Deus! Qual a intenção? — questionou o presidente.

Junto com o trio também foi convocado pela CPI Allan dos Santos, fundador do portal de notícias bolsonarista Terça Livre. Em outro requerimento, igualmente apresentado pelo deputado Rui Falcão (PT-SP), o chefe da Assessoria Internacional do Planalto, Filipe Martins, também foi convocado. Martins é alinhado ao grupo e próximo da família Bolsonaro.

Serviço acumulado

No ano passado, o Globo revelou que Tercio recebia salário da Câmara de Vereadores do Rio sem trabalhar de fato no Legislativo da cidade. Durante a pré-campanha, sua verdadeira ocupação era a produção de conteúdo digital, filmando e fotografando Bolsonaro em momentos de descontração e em intervalos de sua agenda como pré-candidato à Presidência da República. Na ocasião, o chefe de gabinete de Carlos Bolsonaro, Jorge Luiz Fernandes, negou ao GLOBO que Tercio trabalhava na pré-campanha.

Logo após a vitória de Bolsonaro, porém, Tercio passou a se apresentar como assessor de comunicação do presidente eleito, recebia demandas da imprensa, divulgava agendas e compartilhava áudios e imagens oficiais, mesmo enquanto estava lotado no gabinete de Carlos Bolsonaro. Após ser nomeado no Palácio do Planalto, Tercio continuou acompanhando Bolsonaro em algumas viagens: foram nove até agora, todas no Brasil.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Notícias

Saiba o que não funciona nesta segunda, Dia do Funcionário Público
‘Números da economia demonstram que nosso país está no caminho certo’, diz Bolsonaro em Abu Dhabi
https://www.osul.com.br/o-governo-nega-que-exista-um-gabinete-do-odio/ O governo nega que exista um ‘gabinete do ódio’ 2019-10-27
Deixe seu comentário
Pode te interessar