Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de junho de 2018
 
				O ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, disse em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo e à Rádio Eldorado que o atual governo padece de uma questão de legitimidade, e que não pretende defender o “legado” do presidente Michel Temer caso seja eleito. Alckmin afirmou também que não vai convidar o emedebista para ocupar cargo no governo nem dar indulto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
1. No campo econômico, o sr. prega a continuidade do governo Michel Temer?
Não. Acho que ninguém está discutindo legado, estamos discutindo o futuro. O governo atual tem um grande problema, que é a falta de legitimidade porque não teve voto. Na democracia tem que ter voto. A união entre o cidadão e o governo se dá pelo voto, por isso essa dificuldade enorme.
2. Se o sr. for eleito, vai dar indulto ao ex-presidente Lula e um cargo ao Michel Temer, como uma embaixada, por exemplo?
Não e não.
3. Aceitaria o apoio do MDB?
Não vou cometer a indelicadeza de levantar uma hipótese sendo que o MDB tem candidato, o dr. Henrique Meirelles. Estamos procurando o apoio de partidos que não têm candidato.
4. Mas vê com bons olhos o apoio do MDB com Temer no pacote?
Vocês querem saber se vou defender o legado Temer. Nós vamos olhar para o futuro.
5. Foi um erro do PSDB ter participado desse governo e ainda ter um ministro, o chanceler Aloysio Nunes?
Todo mundo critica o presidente Temer. Acho que em muita coisa a crítica é procedente. Mas a gente tem que entender que é um governo de transição. É diferente de um governo eleito. Padece de uma questão de legitimidade.
6. Mas foi um erro?
Quando começou o governo do presidente Temer eu fui da tese que devíamos apoiar todas as medidas que o Brasil precisa, mas sem participar de governo e ter ministério. Essa não foi a tese majoritária. O Aloysio ajuda o País, mas não representa o PSDB.