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Por Redação O Sul | 27 de abril de 2017
Após quase 14 horas de sessão, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira o projeto da reforma trabalhista. O texto base teve 296 votos favoráveis, ante 177 contrários, e apenas um dos destaques que tentavam alterar o projeto foi aprovado. O texto agora, segue para o Senado e, de lá, para a sanção presidencial, caso não sofra alterações.
A preocupação do governo é que a reforma trabalhista funciona como uma espécie de teste para a capacidade de aprovação da reforma da Previdência. Por se tratar de uma emenda constitucional, esta exige ao menos 308 votos. Ou seja, mais do que os 296 votos conquistados na reforma trabalhista. Além disso, analistas consideram a reforma da Previdência um tema muito mais difícil para aprovação.
Após a aprovação do projeto no plenário, o líder do governo no Senado e presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (RR), prevê uma tramitação rápida no Senado. Segundo ele, a intenção do governo é aprovar as reformas trabalhista e da Previdência antes de entrar em recesso em julho. “A reforma trabalhista deve passar pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa e pela Comissão de Assuntos Sociais”, detalhou.
Jucá também minimizou resistências como a do próprio líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), que tem criticado as propostas. “Vamos dar prioridade à reforma trabalhista assim que ela chegar aqui, ao Senado. Acredito que a aprovação é tranquila, vamos ver o texto que vem da Câmara. Defendo que entremos em recesso somente depois de aprovar as duas reformas”, disse Jucá.