Domingo, 11 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 14 de agosto de 2019
A deputada estadual e professora de Direito Janaína Paschoal (PSL-SP) vai ajudar no corpo a corpo em Brasília pelo andamento dos pedidos de afastamento de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Ela teve um encontro com senadores insatisfeitos com Davi Alcolumbre (DEM-AP), no gabinete de Lasier Martins (Podemos-RS).
Em um ato político, o grupo vai tentar entregar ao presidente do Senado o pedido de impedimento de Dias Toffoli, protocolado semana passada por Janaína, artífice do impeachment de Dilma Rousseff.
A deputada estadual apresentou, no último dia 30, o pedido de impedimento do presidente do Supremo. A justificativa é o fato de Toffoli ter suspenso todos os processos judiciais envolvendo dados compartilhados pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e Receita sem autorização prévia da Justiça.
“Chegará o momento em que Davi será forçado a pautar o impeachment de ministros do STF porque o Brasil exige isso”, disse o autor da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Lava Toga, Alessandro Vieira (Cidadania-SE). O grupo, de 12 senadores, tinha encontro marcado com Alcolumbre na semana passada.
A propósito, o volume deve crescer: o senador Jorge Kajuru, recém-filiado ao Patriota (GO), disse já ter 32 assinaturas para um novo pedido de impedimento de Gilmar Mendes. São necessárias 29 para dar seguimento.
“Transparência”
Janaína Paschoal pediu na segunda-feira (12) “transparência” em seu Twitter após o anúncio de que o PT irá entrar com ações contra o que classificou de falsa acusação da “Polícia Federal de Sérgio Moro”, de que teria ligações com o PCC (Primeiro Comando da Capital).
Na última sexta-feira (09), após o vazamento de uma ligação de um suposto membro do PCC falando de relações da facção com o PT, o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do MP-SP (Ministério Público de São Paulo), desmentiu a possibilidade de vínculo entre as partes.
“Não há nenhum indicativo de negociação do governo PT com o PCC. Aliás, é bom que se diga que os presos não foram transferidos em décadas de governo PSDB em São Paulo”, disse Gakiya, considerado o principal investigador do país contra o PCC.
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do partido, disse ontem que a sigla vai “enfrentar e denunciar essa farsa armada por Moro e Bolsonaro”. Nas redes sociais, Janaína Paschoal rebateu a decisão, fazendo um paralelo com as informações divulgadas pelo site The Intercept Brasil a respeito da Operação Lava-Jato.