Segunda-feira, 06 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de dezembro de 2018
O ICS (Índice de Confiança de Serviços) subiu 1,3 ponto em dezembro, para 94,7 pontos, o maior nível desde abril de 2014 (95,9 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 2,4 pontos, sustentando o sinal positivo pelo quinto mês consecutivo. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
“A alta da confiança do setor de serviços neste último trimestre de 2018 é disseminada pela maioria das atividades pesquisadas e está ancorada nas expectativas mais favoráveis quanto aos próximos meses. A percepção das empresas em relação às condições correntes dos negócios também melhorou nesse período, mas de modo bem mais discreto, corroborando a leitura de uma recuperação gradual das atividades do setor. A visão mais otimista das empresas se reflete no maior ímpeto de contratação para os próximos meses, o que poderá contribuir para uma aceleração da melhora do mercado de trabalho, dada a importância dos serviços como geradores de emprego”, analisou Silvio Sales, consultor da FGV.
Em dezembro, a confiança avançou em dez das 13 principais atividades pesquisadas, impulsionada, mais uma vez, pela melhora das expectativas das empresas em relação aos próximos meses. O IE (Índice de Expectativas) avançou 2 pontos, para 101,4 pontos. Após mais de cinco anos, esse índice volta a se situar acima dos cem pontos, sinalizando um retorno do otimismo no meio empresarial do setor de serviços. Destaca-se neste mês a alta de 3,9 pontos, para 100,8 pontos, do indicador que mede o otimismo com a demanda nos três meses seguintes.
O ISA-S (Índice da Situação Atual) subiu 0,5 ponto, para 88,2 pontos, sustentado pelo avanço do quesito que mede o grau de satisfação com o volume de demanda atual, que avançou 1,1 ponto para 89,3 pontos.
O Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) do setor de serviços subiu 0,3 ponto percentual, para 82,3%, revertendo a queda do mês anterior (-0,2 ponto percentual). Na média móvel trimestral, o indicador mantém variação positiva há quatro meses.
Índice de desconforto é o menor em quatro anos
A Sondagem de Serviços contempla pergunta sobre fatores que vêm pressionando o ritmo corrente de produção. O Índice de Desconforto é uma agregação de três fatores que afetam negativamente o desempenho setorial.
O Índice de Desconforto tem mostrado claramente uma tendência de queda nos últimos meses, tendo chegado aos 55,5 pontos em dezembro, o menor nível desde dezembro de 2014 (51,2 pontos). O nível desse índice ainda se situa acima do período pré-crise, mas a sua trajetória sugere que as empresas já percebem alívio em relação aos fatores que vinham restringindo a melhora das condições para a realização de negócios no País.