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Geral O inglês que seria dono de um barco apreendido com velejadores brasileiros com 1 tonelada de cocaína na África foi preso

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Donos de barco apreendido em Cabo Verde fazem parte de dois cartéis internacionais de drogas, acredita a polícia. (Foto: Reprodução)

A PF (Polícia Federal) informou que um dos ingleses que seria dono do barco apreendido com velejadores brasileiros em Cabo Verde, na África, transportando cerca de 1 tonelada de cocaína, em agosto de 2017, foi preso na Espanha, na sexta-feira (15). As informações são do portal de notícias G1.

Indiciado por tráfico internacional de drogas, Robert James Delbos estava foragido e a prisão dele ocorreu após pedido formulado pela Polícia Federal brasileira. A PF disse que foram expedidos mandados de prisão preventiva pela Justiça Federal, também contra George Eduard Soul, conhecido como George Fox, outro inglês que também é apontado como dono do barco.

Segundo a PF, o barco está no nome de uma terceira pessoa, que não teve o nome divulgado, mas as investigações iniciais apontam que Robert e George também são donos, e portanto, responsáveis pela embarcação. A polícia acredita ainda que os ingleses fazem parte de dois cartéis internacionais de drogas.

A PF declarou ainda o interesse na extradição do preso e que, com essa medida, pode ser possível esclarecer pontos da investigação.

Segundo a polícia, George continua foragido, mas é alvo da difusão vermelha da Interpol, onde mais de 180 países recebem mandados de prisão dele. Qualquer país que identificá-lo poderá prender o inglês.

Os velejadores brasileiros que estavam com o barco foram acusados de tráfico internacional de drogas e condenados, em março de 2018, a 10 anos de prisão pela Justiça de Cabo Verde.

Foram condenados os baianos Rodrigo Dantas e Daniel Dantas, além do gaúcho Daniel Guerra e o capitão da embarcação, de naturalidade francesa, Olivier Thomas.

Os familiares dos brasileiros, no entanto, afirmam que eles não sabiam que a droga estava no barco, que tinha o nome de Rich Harvest. Para eles, os velejadores foram vítimas de uma armação e a droga pode ter sido colocada na embarcação pelo proprietário do barco ou por outra pessoa, sem que os velejadores fossem avisados.

Recurso

A defesa dos velejadores entrou com recurso contra a condenação na Justiça de Cabo Verde. A defesa entregou o documento no dia 12 de abril.

Um inquérito da Polícia Federal brasileira que inocentaria os velejadores brasileiros não foi aceito pela Justiça de Cabo Verde.

De acordo com o advogado do velejador Rodrigo Dantas, Maurício Matos, a justiça pode levar de quatro a seis meses para dar um retorno sobre o recurso.

A família e o advogado acusam o juiz de ser parcial. Eles informaram que o magistrado colocou na sentença que o inquérito da Polícia Federal, que ajudaria a inocentar os velejadores, foi encomendado pela família.

Caso

Tudo começou após um anúncio de emprego na internet. Foi assim que Rodrigo Dantas, de 25 anos, decidiu encarar o desafio de atravessar oceano Atlântico para entregar um veleiro na Ilha de Açores, em Portugal.

O anúncio procurava velejadores para compor a tripulação do veleiro que tinha acabado de ser reformado em um estaleiro em Salvador. Era uma oferta de trabalho de uma empresa internacional de recrutamento de mão-de-obra.

Rodrigo e outro velejador baiano, Daniel Dantas, foram contratados pela mesma empresa, a Yatch Delivery Company, com sede na Holanda. Em Natal, o gaúcho Daniel Guerra se juntou à equipe. Antes de sair do Brasil em agosto, o veleiro passou por inspeções da Polícia Federal em Salvador e em Natal.

O barco foi liberado sem que nenhuma irregularidade fosse encontrada, mas na Ilha de Mindelo, em Cabo Verde, o veleiro foi mais uma vez inspecionado e mais de uma tonelada de cocaína foi encontrada escondida em um piso de concreto e cimento na embarcação.

George Fox, apontado como um dos donos da embarcação, só foi apresentado à tripulação na véspera da viagem.

Rodrigo ficou durante quatro meses em liberdade condicional em Cabo Verde mas foi preso novamente em dezembro do ano passado.

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