Domingo, 11 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 7 de novembro de 2019
Durante evento no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, o IEL (Instituto Estadual do Livro) divulgou os vencedores da segunda edição do Prêmio Minuano de Literatura, voltado para o incentivo à produção em escrita e leitura. Confira a seguir os agraciados em cada uma das dez categorias.
– Conto: “Cavalos de Cronos”, de José Francisco Botelho (Editora Zouk);
– Ilustração: “Que Monstro, Menino?”, de Milene Barazzati e ilustração de Marlon Costa (Editora Alarte);
– Juvenil: “Dois Meninos de Kakuma”, de Marie Ange Bordas (Editora Pulo do Gato);
– Infantil: “Histórias de (Não) Era Uma Vez”, de Maria Luiza Puglia (Editora Phisalis);
– História-em-quadrinhos: “Silas”, de Rafa Pinheiro (Editora Avec);
– Crônica: “Não Existe Mais Dia Seguinte”, de Vitor Necchi (Editora Taverna);
– Ficção Romance/Novela: “Tupinilândia”, de Samir Machado (Editora Todavia);
– Poesia: “Entre uma Praia e Outra”, de Ronald Augusto (Editora Artes & Ecos);
– Texto Dramático: “Guerra de Urina”, de Altair Martins (Editora Edipucrs);
– Categoria Especial: “Literatura à Margem”, de Cristóvão Tezza (Editora Dublinense).
Manifestações
“As histórias-em-quadrinhos deixaram de ser coisa de criança, com obras questionadoras da realidade, que discutem fascismo e a relação com a natureza. Isto demonstra maturidade”, celebrou o editor da Avec, Artur Vecchi, em nome de Rafa Pinheiro, ganhador na categoria HQ.
Ao criar sua obra, o jornalista, professor e escritor Vitor Necchi fez um registro de tempo ancestral e de um presente brutal e fraturado. No agradecimento ao prêmio, associou a importância do livro e da leitura no atual cenário político e cultural brasileiro.
“Como comemorar algum acerto econômico de alguém que despreza mulheres, negros e negras, a população LGBTI, índios e índias, a cultura letrada e o conhecimento?”, questionou, em uma crítica à condução do setor cultural por parte do governo do presidente Jair Bolsonaro.
Agradecendo ao IEL por tê-lo tornado leitor; à UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) por introduzi-lo na leitura erudita e à PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) por tê-lo publicado, Altair Martins enalteceu o texto de teatro: “é nele que me senti mais livre e poderoso. Que o Minuano mantenha esta categoria e que outros prêmios e concursos a instituam”.
Presenças
Além da diretora do IEL, Patrícia Langlois, e sua equipe, a cerimônia de premiação contou com as presenças de personalidades como a secretária-adjunta da Cultura, Carmen Langaro, do presidente da CRL (Câmara Riograndense do Livro), Isatir Botin Filho, da patrona da Feira do Livro de Porto Alegre 2019, Marô Barbieri, e do coordenador do Livro da SMC (Secretaria Municipal de Cultura), Sérgius Gonzaga.
Quem também marcou presença foram a vice-reitora da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Jane Tutikian, e do diretor do Instituto de Letras da instituição, Sérgio Minuzzi.
“O Prêmio Minuano demonstra que a literatura está viva, especialmente neste momento de ameaças à cultura”, enfatizou Minuzzi. “O livro vai desaparecer em função da tecnologia, pois, independentemente da vertente literária, cada publicação é o que nós somos, falando pelos que não podem falar”, acrescentou Jane.
(Marcello Campos)