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Mundo O Irã avisou a Organização das Nações Unidas que aumentará a sua capacidade de enriquecimento de urânio

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O governo iraniano disse que a medida não viola o acordo nuclear. (Foto: Reprodução)

O governo iraniano anunciou nesta terça-feira (05) que vai aumentar a capacidade de enriquecimento de urânio com mais centrífugas, mas que manterá a produção dentro dos limites estabelecidos no acordo nuclear. O porta-voz da agência nuclear iraniana, Behrouz Kamalvandi, confirmou a medida e disse que o país enviou uma carta à AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), ligada à ONU (Organização das Nações Unidas), com os detalhes da ação.

Segundo ele, o país está trabalhando para aumentar a sua capacidade de produção dos gases UF4 e UF6 e na produção de rotores para centrífugas avançadas. São essas centrífugas de alta velocidade que conseguem converter esses gases em urânio enriquecido, que pode ser usado para a produção de energia e na área médica.

Para o uso em armas nucleares, é preciso de um nível de enriquecimento de urânio em torno de 90%. Por isso, o acordo nuclear que o país assinou com potências internacionais estabelece o teto de 3,67% – antes do pacto, o Irã conseguia atingir o patamar de 20%.

“Se as condições permitirem, pode ser que em Natanz [região central do país] possamos declarar a abertura do centro de produção de novas centrífugas”, afirmou o vice-presidente Ali Akbar Salehi, que comanda o programa nuclear iraniano.

Segundo ele, porém, a produção de novas centrífugas não significa que elas serão usadas imediatamente. Ele voltou a dizer que o programa nuclear do país tem fins apenas para uso civil e que as ações anunciadas nesta terça “não violam” o acordo. “Também não quer dizer que fracassaram as negociações com a Europa”, completou.

Após o presidente americano Donald Trump anunciar em 8 de maio que seu país deixaria o acordo, Teerã passou a negociar com Reino Unido, França e Alemanha as condições para permanecer no pacto – além deles, China e Rússia também fazem parte do tratado. Pelo acordo, assinado em 2015, o Irã aceitou uma série de limitações a seu programa nuclear, incluindo uma fiscalização da AIEA, em troca do fim de diversas sanções contra o país.

Por isso, a decisão americana de deixar o acordo e retomar as sanções ameaça o pacto, já que Teerã perderia parte das vantagens econômicas conquistadas. Isso levou a uma nova rodada de negociações do país com os europeus, em busca de formas de diminuir o impacto da saída dos EUA.

Na segunda-feira (04), o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse ter ordenado às autoridades que se preparassem para aumentar a capacidade de enriquecimento de urânio caso o acordo nuclear seja desfeito. Assim, o anúncio desta terça foi interpretado como um avanço nesse sentido e como um aviso aos europeus de que o país irá enriquecer urânio rapidamente caso não tenha suas demandas atendidas.

Israel 

As novas medidas não foram bem recebidas por Israel, um dos principais críticos do acordo nuclear. O premiê Binyamin Netanyahu, atualmente em viagem pela Europa em uma tentativa de convencer os países da região a saírem do pacto, afirmou que não ficou surpreso com o anúncio e que não vai permitir que Teerã tenha armas nucleares.

O ministro israelense da Inteligência, Yisrael Katz, foi além e pediu a formação de uma coalizão militar contra o Irã caso o país deixe o acordo internacional. “Seria necessária uma tomada de posição do presidente dos Estados Unidos e de toda a coalizão ocidental – na qual estariam sem dúvida os árabes e Israel – para deixar claro que se os iranianos voltarem [a enriquecer com fins militares], se formará uma coalizão militar contra eles”, afirmou.

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