Sábado, 22 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2017
O Irã possui uma bomba de dez toneladas que é considerada “o pai de todas as bombas”, segundo o comandante da divisão aeroespacial dos Guardiães da Revolução iraniana, Amir Ali Hajizadeh.
Hayizadeh, em declarações para a emissora estatal “PressTV”, que neste sábado (16) publicou em seu site, detalhou que “a nossa indústria defensiva produziu bombas que pesam aproximadamente 10 toneladas e se lançadas de aviões Ilyushin, com uma alta capacidade destrutiva”.
Ele chamou de “pai de todas as bombas” esta bomba iraniana, comparando-a com a norte-americana GBU-43/B Massive Ordnance Air Blast, conhecida como “mãe de todas as bombas” que os Estados Unidos lançaram em abril deste ano sobre o Afeganistão.
Nas declarações, o alto comandante iraniano disse, sem fornecer nenhum detalhe que demonstrasse isso, que o Corpo dos Guardiães da Revolução havia se infiltrado nos centros de Controle de Comando dos EUA.
Amir Ali Hajizadeh acrescentou que os Guardiães da Revolução da República Islâmica tem “todos os documentos” dos movimentos dos americanos nos últimos anos e de tudo que fizeram no Iraque e Síria.
“Nós, nestes anos, penetramos e estivemos presentes nos centros de Controle de Comando dos americanos e vimos tudo que fizeram, vimos o que eles veem, onde atacam, ao lado do que acontece e como eles sustentam o EI [Estado Islâmico]”, disse o comandante.
“Os americanos criaram o EI e os dirigiram durante estes anos”, afirmou disse Hajizadeh, afirmando em seguida que no futuro poderiam publicar documentos que comprovassem tudo.
Acusação
Os Estados Unidos “buscam desculpas” para romper o acordo nuclear com Irã, ao exigir inspeções dos locais militares, apontou nesta sexta-feira (15) o alto responsável da segurança na República Islâmica. “O Irã não implementa qualquer atividade nuclear não declarada”, disse o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional, Ali Shamkhani, à televisão de Estado.
Washington havia pedido inspeções de locais militares iranianos no marco da verificação do acordo nuclear de 2015 entre as grandes potências e Irã. O acordo prevê um levantamento progressivo das sanções contra Teerã em troca de garantias de que o Irã não se dotará da arma atômica.
Shamkhani acusou a administração de Donald Trump de “buscar desculpas” e ter uma “atitude pouco construtiva” para “prejudicar este acordo internacional”.
A ONU (Organização das Nações Unidas) indicou que não havia nenhuma obrigação de implementar inspeções de locais militares a menos que haja suspeitas de atividades ilícitas. Por enquanto não há provas de que material nuclear tenha sido transferido a locais militares, segundo Nações Unidas. Este organismo disse ter duplicado suas inspeções desde a entrada em vigor do acordo, no início de 2016. (AG)