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Mundo O Irã enfrenta a terceira onda de coronavírus e é um dos países mais afetados do Oriente Médio

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A nação persa vem batendo recordes desde 22 de setembro, quando ultrapassou os 3.574 casos diários registrados no início de junho. (Foto: Reprodução)

Enquanto muitos países enfrentam a temida “segunda onda” de casos de coronavírus, e ainda há lugares que não passaram da primeira, o Irã já está contando as mortes de uma terceira onda.

E naquele que já foi um dos países do Oriente Médio mais afetados pela pandemia, essa “terceira onda” é a mais mortal delas.

O Irã quebrou novamente seu recorde de infecções diárias no meio da semana com 4.830 novos casos de covid-19 na última quarta-feira (14), de acordo com os registros da Universidade Johns Hopkins (Estados Unidos).

Mas a nação persa vem batendo recordes desde 22 de setembro, quando ultrapassou os 3.574 casos diários registrados no início de junho, no auge de sua “segunda onda”.

“Embora a segunda onda de coronavírus tenha sido contida com sucesso, a terceira onda está surgindo porque os protocolos sanitários foram ignorados”, advertiu o ministro da Saúde iraniano, Saeed Namaki, no mesmo dia, segundo notícia da agência oficial Iran Press.

Menos de duas semanas depois, em 5 de outubro, o Irã já havia igualado seu recorde de mortes diárias, semelhante ao de julho.

E as 279 mortes registradas na última quarta também são o maior número diário em um país que, segundo dados oficiais, já tem mais de meio milhão de infecções e quase 30 mil mortes pela pandemia.

O número real, no entanto, é muito maior: em agosto passado, o serviço persa da BBC recebeu registros do governo que vazaram mostrando que, até 20 de julho, quase 42 mil pessoas morreram com sintomas de covid-19, mas o Ministério da Saúde apenas informou 14.405 falecidos.

O número de pessoas identificadas como infectadas nesses documentos também foi quase o dobro dos números do ministério.

E o vice-ministro da Saúde iraniano, Iraj Haririchi, finalmente reconheceu que o número real de mortos é “significativamente” maior do que os números oficiais.

Segundo a BBC Persa, Haririchi explicou que as estatísticas oficiais se baseiam no número de mortes com teste PCR positivo, mas estimou que, dependendo da província, o número real de vítimas do coronavírus é entre 1,5 e 2,2 vezes maior do que aquele lançado por esses registros.

O vice-ministro também alertou que tanto os profissionais de saúde quanto os mantimentos médicos estão à beira do esgotamento com o agravamento da situação em Teerã e outras regiões do país.

Teerã “fechada”

No momento, 27 das 31 províncias do país já foram designadas pelas autoridades iranianas como zonas “vermelhas” devido ao rápido aumento das infecções.

E a situação na capital, Teerã, e em seus subúrbios, foi descrita como especialmente “crítica”.

O médico Alireza Zali, que comanda as operações contra o coronavírus na província de Teerã, alertou que a cidade vive “os dias mais difíceis da terceira onda da doença”.

“Se nenhuma intervenção séria for feita, esse ritmo não diminuirá e as condições atuais podem manter tudo nesse nível”, acrescentou Zali, de acordo com a BBC Persa.

Para tentar limitar a propagação do vírus, o uso de máscaras na capital é obrigatório, com o governo anunciando multas de US$ 6,60 (R$ 37) para quem sair sem usar.

Todas as viagens de ou para Teerã e quatro outras grandes cidades iranianas também foram proibidas até o meio-dia de domingo (24).

A mudança foi ordenada um dia depois que o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, pediu expressamente a proibição de “certas atividades e viagens”.

“Os regulamentos sobre o coronavírus devem ser soberanos e obrigatórios. Há muito tempo digo ao estimado presidente e às autoridades que eles devem ser cumpridos”, disse Khamenei em sua conta no Twitter.

O presidente Hassan Rouhani, por sua vez, já havia declarado na semana passada que qualquer um que ocultar uma infecção por covid-19 e não ficar em quarentena por 14 dias deverá enfrentar “a maior punição” possível.

E o presidente também alertou que funcionários do governo que violam repetidamente os regulamentos podem ser suspensos por um ano. Empresas infratoras poderão ser fechadas.

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https://www.osul.com.br/o-ira-enfrenta-a-terceira-onda-de-coronavirus-e-e-um-dos-paises-mais-afetados-do-oriente-medio/ O Irã enfrenta a terceira onda de coronavírus e é um dos países mais afetados do Oriente Médio 2020-10-19
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