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Notícias O Judiciário gaúcho firmou parceria com uma ONG para evitar os casos de devolução de crianças e adolescentes adotados

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Iniciativa tem por base o apoio psicológico durante a guarda provisória. (Foto: EBC)

A CIJ-RS (Coordenadoria da Infância e Juventude do Rio Grande do Sul), órgão do Poder Judiciário, firmou uma parceria com a ONG (Organização Não Governamental) Elo de Apoio para dar suporte psicológico às famílias no período de concessão da guarda provisória de crianças e adolescentes adotados. Objetivo: evitar situações traumatizantes envolvendo a devolução dos menores de idade.

“Devolução é a revitimização que não podemos admitir”, ressaltou a corregedora-geral de Justiça do Estado, desembargadora Denise Oliveira Cezar. Segundo ela, no ano passado foram registradas 736 sentenças de adoção. “Há muitas crianças e adolescentes que nenhuma família deseja, que convivem com a desesperança e o sentimento de abandono.”

Ainda segundo a magistrada, essa situação percebida pelo Judiciário na gestão passada do TJ (Tribunal de Justiça), e agora a estão sendo intensificadas algumas ações, além de lançados novos projetos.

Desde 2016, quando o órgão gaúcho lançou a campanha “Deixe o Amor Te Surpreender”, voltada para as adoções de difícil colocação (crianças com mais de 6 anos, grupos de irmãos, adolescentes e jovens com deficiência física ou mental, por exemplo), foram lançados os projetos “Busca Ser”, “Adote Um Pequeno Torcedor, Tchê!” e “Adote Um Destino”, bem como o aplicativo “Adoção”, todos direcionados para a flexibilização do perfil desejado pelos adotantes.

Juntos, esses projetos já resultaram em 36 adoções, 31 guardas provisórias e 11 aproximações em andamento. “Podemos sonhar com 78 adoções por meio dessas iniciativas”, projetou a coordenadora da CIJRS, juíza-corregedora Nara Cristina Cano Neumann Saraiva.

“Identificamos a necessidade de acompanhamento dessas famílias. O Projeto Pós-Adoção tem como objetivo conferir a elas suporte, reflexão e acompanhamento, favorecendo a adaptação e a vinculação familiar”, destacou Nara. A partir da guarda provisória, serão realizados seis encontros quinzenais com as famílias.

Esse trabalho será realizado pela ONG Elo. “Todos os dias repensamos o nosso papel. O projeto vem para tratar do apoio a essas famílias, que passam por um momento importante, em que estão recebendo os seus filhos”, ressalta o presidente da entidade, Peterson Rodrigues.

Engajamento social

Para a corregedora-geral de Justiça, o tema ultrapassa os limites do Poder Judiciário e envolve toda a sociedade. “As questões que dizem respeito à infância e à juventude, em especial, à adoção, são mais do que um compromisso do Poder Judiciário, mas também um dever de cada um de nós”, salientou.

“Não há uma pessoa que possa se desenvolver de forma saudável se não dispor de apoio familiar”, prosseguiu. “O Estado supre uma parte da ausência da família, mas jamais o amor, o carinho e a atenção.”

Prestigiaram o ato de formalização da parceria o juiz-diretor do Foro da Comarca de Porto Alegre, Amadeo Henrique Ramella Buttelli, e a juíza da Infância e Juventude, Mirtes Blum, além de outros magistrados e servidores do TJ-RS.

(Marcello Campos)

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