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Brasil O juiz federal Sérgio Moro ocupou camarote real em Mônaco e foi homenageado em evento. O convite era vendido a 1.000 euros

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Moro participa da quarta edição do Brasil Mônaco Project. (Foto: Reprodução/Facebook)

O juiz federal Sérgio Moro ocupou camarote real em Mônaco e foi homenageado em um evento onde o convite era vendido a 1.000 euros. Depois da honraria de Pessoa do Ano, promovida pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos em Nova York, nos Estados Unidos, foi a vez de Moro ser o homenageado na quarta edição do Brasil Mônaco Project, festa anual organizada no país europeu por Luciana de Montigny, mulher do cônsul brasileiro no principado.

De acordo com a coluna Painel, do jornal “Folha de S.Paulo”, o custo de um convite individual para participar do jantar era de 1.000 euros (4.426 reais, pela cotação desta terça-feira). Conjunto de jantar, baile de gala e leilão beneficente, a ação está na sua quarta edição e tem a renda revertida para projetos sociais e já destinou verbas, no passado, a projetos como o Criança Esperança.

Além do jantar em si, segundo a Folha, o juiz assistiu a uma ópera no camarote real do cassino Monte Carlo, ao lado do príncipe de Mônaco, Albert II. Em seu discurso, Moro agradeceu às autoridades do país pela cooperação internacional com as investigações da Lava-Jato – diversos citados na operação enviaram valores desviados da Petrobras para contas no principado.

Tacla Duran

O deputado federal Marco Maia (PT-RS) questionou Sérgio Moro por que o advogado Rodrigo Tacla Duran não foi ouvido pela Justiça nos casos da Operação Lava-Jato. “Por 5 vezes já foi negado o pedido para que o ex-advogado da Odebrecht Tacla Duran pudesse ser ouvido como testemunha de defesa nos inquéritos da Lava-Jato. Por que, Sérgio Moro?”, escreveu o parlamentar no Twitter.

“Odebrecht chantageava políticos? Tacla Duran diz que na CPI das Empreiteiras, o então senador Bisol foi chantageado pela empresa. O ‘Efeito Bisol’ era um tipo de gíria pra chantagens. Os alvos eram os próprios procuradores, o juiz Sérgio Moro”, acrescentou.

Por videoconferência, Tacla falou nesta terça-feira (5) à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados sobre os bastidores da Lava-Jato, como o pagamento de propina para o acerto de colaborações premiadas.

Tacla, que atuou como consultor da Odebrecht, voltou a afirmar que os sistemas eletrônicos Drousys e MyWebDay, utilizado pela construtora para gerenciar o pagamento de propinas, teriam sido adulterados de modo a produzir provas para incriminar figuras que estariam no alvo de procuradores da força-tarefa da Lava-Jato, em Curitiba.

O advogado também destacou as negativas da Lava-Jato em ouvi-lo sobre esses indícios de fraude na produção de provas. Segundo ele, antes de servirem como provas em diversas condenações, as planilhas da Odebrecht deveriam ter sido periciadas pela Justiça, que poderia comprovar assim as ditas manipulações.

Tacla Duran foi arrolado como testemunha de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas teve por cinco vezes o seu depoimento negado pelo juiz Sérgio Moro. A recusa de Moro e da força-tarefa de Curitiba em ouvir as explicações de Tacla Duran, se deve, segundo o advogado, ao fato de ele não ter assinado acordo de delação premiada com a Lava-Jato, que teria condições “melhoradas” após negociação realizada pelo advogado Carlos Zucolotto, ex-sócio da esposa do magistrado, Rosângela Wolff Moro, e padrinho de casamento do casal.

“Zucolotto me propôs que lhe desse 5 milhões de dólares em troca de proteção na Lava-Jato”, afirmou Tacla Duran, que comentou ter conhecimento sobre outros advogados que também “venderam proteção” contra acusados, o que configuraria um modus operandi da força-tarefa.

 

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