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Brasil O lançamento do pacote anticrime mostra reaproximação entre Bolsonaro e Sérgio Moro

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Presidente apontou para ministro da Justiça e perguntou a plateia no Planalto 'quem assume o Brasil?' (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O evento realizado nesta quinta-feira (03), em Brasília, para promover o pacote anticrime é mais uma etapa de uma série de aproximações entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Quando chamou Moro para compor seu time, logo após a vitória na eleição, Bolsonaro tinha consciência de que estava colocando no seu governo um ministro que dificilmente poderia demitir.

Desde então, o presidente tenta se equilibrar entre manter Moro próximo o suficiente para se beneficiar da popularidade do ex-juiz da Lava-Jato, mas com a distância regulamentar para deixar clara a sua autoridade sobre o subordinado.

Ao liberar R$ 10 milhões para uma campanha publicitária e realizar um evento no Planalto para tentar alavancar o pacote anticrime, Bolsonaro fez um movimento de aproximação com o ministro 42 dias depois de ter dado um recado claro a Moro sobre “quem manda” no governo ao ameaçar demitir o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo.

Entrando no décimo mês na pasta, o ministro acumula derrotas dentro e fora do governo. Moro perdeu o comando do Coaf, por decisão do Congresso, e viu Bolsonaro apoiar a troca do presidente indicado por ele. Assistiu, sem protestar, o presidente determinar a troca de um superintendente da Polícia Federal no Rio, movimento que inclui a ameaça de demitir também o diretor-geral, apesar de a instituição ser subordinada ao ministro. Moro teve de desistir até da nomeação de uma suplente para um conselho da pasta porque o nome não agradou ao bolsonarismo.

No pacote anticrime, tema do evento de “aceno” de Bolsonaro a Moro, as derrotas também são em sequência. Moro entregou a proposta ao Congresso na véspera da reforma da Previdência, em fevereiro, com o objetivo de que os projetos tramitassem em conjunto. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rejeitou a estratégia e, diante da insistência do ministro, Bolsonaro pediu publicamente ao subordinado para dar uma “segurada” na pressão sobre o Congresso. O grupo formado por Maia para analisar o projeto já fez profundas alterações na proposta, que chegará ao plenário com pelos menos dez mudanças em relação ao texto enviado por Moro.

A busca de Bolsonaro de reaproximação com o ministro já tinha ficado evidente com a menção a Moro como referência no combate à corrupção no discurso feito na semana passada durante a abertura da Assembleia da ONU (Organização das Nações Unidas). Os movimentos ocorrem depois de pesquisas mostrarem queda na avaliação positiva do presidente enquanto a popularidade do ministro segue praticamente intacta mesmo diante do desgaste dele no governo e questionamentos sobre atitudes tomadas durante a Lava-Jato. Resta saber, porém, até quando o movimento estratégico do presidente resistirá ao seu desejo frequente de demonstrar autoridade sobre Moro. As informações são do jornal O Globo.

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