Domingo, 16 de novembro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil “O Lula perdeu a sua influência na Petrobras após Graça Foster assumir a empresa estatal”, diz o ex-ministro Antonio Palocci

Compartilhe esta notícia:

Segundo Palocci, a então presidente da estatal sabia que os contratos serviriam para desviar recursos a favor do PT e do governo federal. (Foto: EBC)

Com a nomeação, por parte da então presidente Dilma Rousseff, de Maria Graças Foster ao comando da Petrobras, Lula teria perdido o controle sobre a estatal. É o que consta na representação apresentada pelo MPF (Ministério Público Federal)  e pela PF (Polícia Federal) na 64ª fase da Lava-Jato, deflagrada na sexta-feira (23), com base na delação do ex-ministro da Casa Civil e da Fazenda nos governos petistas, Antonio Palocci.

Graças Foster teria travado a contratação de sondas da empresa Sete Brasil para a exploração do pré-sal, que era de interesse político e financeiro de Lula. Segundo Palocci, a então presidente da estatal sabia que os contratos serviriam para desviar recursos a favor do PT e do governo federal.

O ex-ministro disse também que Graças Foster atuou para evitar que João Carlos de Medeiros Ferraz fosse reconduzido ao cargo da Sete Brasil. O executivo era considerado alinhado aos interesses de Lula. Esses fatos teriam causado um distanciamento entre Lula e Dilma. Segundo Marcelo Odebrecht, a ex-presidente acreditava também que as investigações da Lava-Jato não encontrariam ilícitos em suas campanhas eleitorais, ao passo que alcançariam apenas as do ex-presidente.

Declaração

A Justiça Federal do Paraná retirou o sigilo de parte da delação premiada de Antonio Palocci. Desde o início, a delação causou desconfiança pela falta de comprovações sobre o que era dito. O acordo acabou sendo fechado com a Polícia Federal em 2018.

A publicação dos autos vem no âmbito da Operação Pentiti. Segundo Palocci, Lula via na exploração do pré-sal uma oportunidade não só para o desenvolvimento do País, mas também uma nova forma de arrecadação de recursos para financiamento eleitoral. De acordo com o delator, em um primeiro momento, o objetivo era garantir a eleição de sua sucessora, Dilma Rousseff e, num segundo, financiar seus próprios anseios políticos. O ex-presidente também fazia a gestão política do projeto.

Palocci conta que se reuniu no Palácio da Alvorada com Lula, Dilma e o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Lula teria sido expresso ao solicitar que Gabrielli encomendasse a construção de 40 sondas para garantir o futuro político do País e do PT com a eleição de Dilma.

O ex-ministro diz que Lula, na mesma reunião, afirmou que caberia a ele gerenciar os recursos ilícitos que seriam gerados e o seu devido emprego na campanha. “Esta foi a primeira reunião realizada por Luiz Inácio Lula da Silva em que explicitamente tratou da arrecadação de valores a partir de grandes contratos da Petrobras”, segundo o delator.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

A então presidente da Petrobras Graça Foster encobriu irregularidades em contratos da empresa com o banco de André Esteves, diz a Polícia Federal
A ex-presidente da Petrobras Graça Foster tinha conhecimento da corrupção na petrolífera, mas não adotou “medidas efetivas” para investigar ou impedir a continuidade do seu funcionamento
https://www.osul.com.br/o-lula-perdeu-a-sua-influencia-na-petrobras-apos-gracas-foster-assumir-a-empresa-estatal-diz-o-ex-ministro-antonio-palocci/ “O Lula perdeu a sua influência na Petrobras após Graça Foster assumir a empresa estatal”, diz o ex-ministro Antonio Palocci 2019-08-24
Deixe seu comentário
Pode te interessar