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Brasil Acusado de abusos sexuais, o médium João de Deus se entregou à polícia em uma estrada de terra em Goiás

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Médium é acusado de abusos sexuais e posse ilegal de arma de fogo. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O médium João de Deus se entregou à polícia por volta das 16h30min deste domingo (16) em uma estrada de terra em Abadiânia (GO). A informação foi confirmada pelo criminalista Alberto Toron, que representa o médium. A prisão preventiva do líder espiritual foi decretada na sexta-feira (14). Os policiais não utilizaram algemas para prender João de Deus.

Após ser interrogado na Delegacia Estadual de Investigação Criminal, em Goiânia, e passar por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, o médium foi levado para o núcleo de custódia do Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia. Ele vai ficar em uma cela de 16 m² junto com outros três presos, que são advogados, e só poderá receber visitas após 30 dias. Desde que a prisão preventiva foi decretada, a Polícia Civil afirmou que já havia procurado João de Deus em mais de 30 endereços.

A defesa de João de Deus deve apresentar o pedido de habeas corpus nesta segunda-feira (17). A expectativa é de que a defesa explore o que o advogado Alberto Zacharias Toron classifica como “pequeno número de depoimentos” usados pela Justiça para fundamentar a decretação da prisão preventiva, o que poderia indicar fragilidade de provas.

Há a possibilidade, ainda, de que a espiritualidade atribuída a João de Deus seja usada na argumentação. Para a defesa, a intolerância religiosa poderia incentivar o grande número de denúncias, muitas das quais ainda não formalizadas.

A tendência é de que os advogados procurem mostrar o médium como um homem rústico, simples, de personalidade multifacetada e que, muitas vezes, seria guiado por recomendações de guias espirituais. Em suma, viveria com uma lógica pouco convencional.

O momento em que o País vive também deverá ser incluído no pedido de liberdade. Segundo a defesa, há a tendência de “denuncismo” e “polarização”. João de Deus foi visto em público pela última vez na quarta, quando visitou a Casa Dom Inácio de Loyola, onde faz os atendimentos. Em um pronunciamento de poucos minutos, disse ser inocente e estar à disposição da Justiça.

Denúncias

O líder espiritual é suspeito de ter abusado sexualmente de mulheres, durante consultas particulares realizadas no centro onde presta atendimento espiritual, a Casa Dom Inácio de Loyola em Abadiânia, no interior de Goiás. Na aparição que ele fez na quarta-feira, no local, ele fez um rápido pronunciamento em que se declarou inocente e disse que está à disposição da Justiça.

Dois dias depois que os primeiros relatos de abuso vieram a público, após divulgação no programa Conversa com Bial, da Globo, o Ministério Público formou uma força-tarefa encarregada de investigar os casos. Já foram coletados mais de 330 depoimentos em vários Estados do País, Do total, 30 mulheres já formalizaram as acusações. Mulheres que se dizem vítimas também se apresentaram em seis países.

João de Deus atendia cerca de 10 mil pessoas por mês, das quais 40% são estrangeiras. As mulheres relatam que, depois do atendimento em grupo, eram convidadas para uma consulta individual, onde os abusos seriam cometidos. O MP afirma ainda que quatro funcionários são suspeitos de ter envolvimento nos crimes. O MP afirma ainda que quatro funcionários são suspeitos de ter envolvimento nos crimes.

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