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Brasil O mercado aumentou a aposta em uma nova redução de juros em março

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Moeda norte-americana terminou a terça valendo R$ 5,16. (Foto: Freepik)

Se o comunicado da decisão do Copom sinalizou apenas uma pequena chance de mais corte de juro, a ata da reunião deu a entender que a extensão do ciclo de afrouxamento monetário é uma possibilidade real.

O relato da discussão entre os membros do Copom revela que a ideia de encerrar o ciclo de corte de juros com a Selic em 6,75% ao ano não foi consensual. E que a evolução da inflação, dos seus núcleos e das expectativas, além da atividade econômica, é que vai definir o próximo passo.

Para o Santander Brasil, a surpresa com a inflação de janeiro (que veio menor que a esperada) e a expectativa de que os índices de preços mantenham “performance favorável” em fevereiro já justifica revisão para o patamar da Selic de março. O banco espera agora que o juro básico seja reduzido no próximo mês dos atuais 6,75% ao ano para 6,5%, patamar no qual permanecerá até o fim do ano.

A queda adicional da Selic, porém, não forçará o BC a subir os juros ainda mais em 2019, de acordo com Maurício Molan, economista-chefe do Santander Brasil, que segue projetando taxa de 8,5% ao término de 2019.

Molan diminuiu ainda a estimativa para o IPCA de 2018 de 3,8% para 3,5%, mantendo em 4% o prognóstico para 2019. As previsões seguem abaixo do centro da meta para cada um dos anos: 4,5% para 2018 e 4,25% para 2019.

Alguns departamentos econômicos, porém, ainda evitaram revisar suas projeções tão logo. De toda forma, ainda que muitos economistas acreditem que a meta Selic não voltará a ser reduzida no encontro de março, a grande maioria reconhece que essa chance aumentou. “O Banco Central destravou a porta, talvez tenha aberto uma janela para um novo corte. Mas meu cenário básico ainda é de manutenção do juro”, diz Tony Volpon, ex-diretor do BC e economista-chefe do UBS.

De fato, na curva de juros da B3, a probabilidade de redução de 0,25 ponto percentual da meta Selic em março subiu de 38% para 41%.

Com as taxas curtas perto das mínimas do dia, essa precificação chegou a flertar com 50%. Esse nível de aposta é o maior desde o começo de janeiro, quando os contratos de juros futuros da B3 projetavam chance igual para corte de 0,25 ponto percentual em março e para estabilidade.

Como UBS, Rosenberg Associados e Bradesco mantêm expectativa de Selic estável em 6,75% em março. Esses últimos dois, porém, admitem aumento de chances de corte em março.

O comportamento do câmbio é uma das variáveis mais citadas quando se trata de traçar expectativas de inflação e os movimentos do Copom. Mesmo com a recente alta do dólar por causa da turbulência externa, a moeda americana não chegou a passar de 3,32 reais, patamar que chegou a ser atingido em meados de dezembro passado.

“As bolsas americanas despencaram, e o dólar foi a 3,30 reais, nível que ainda não altera o cenário de inflação para o ano”, diz o economista-chefe da Garde Asset Management, Daniel Weeks, revelando mais confiança na possibilidade de novos declínios do juro básico. Do lado da inflação, Weeks lembra que os preços dos alimentos estão em baixa e o ambiente internacional parece ter se acalmado, ainda que mais volátil. “A conjuntura toda teria que piorar muito para não haver um novo corte”, destaca.

Apesar de decidir, por ora, manter expectativa de Selic a 6,75% até o fim do ano, o J.P. Morgan reconhece que a aposta para o Copom de março caminha para se consolidar apenas mais próximo da reunião. No entanto, mesmo que as estimativas de inflação do banco americano favoreçam mais corte de juro, a percepção de mais volatilidade nos mercados financeiros internacionais e a descrença na aprovação da reforma da Previdência ainda em 2018 jogam contra mais afrouxamento monetário.

 

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