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Brasil O mercado financeiro não se sensibilizou com o rebaixamento da nota de risco do Brasil. Segundo analistas, todas as atenções estão voltadas ao julgamento de Lula, no próximo dia 24, em Porto Alegre

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O julgamento do petista será realizado no TRF-4, em Porto Alegre, no dia 24 de janeiro. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O mercado financeiro não se sensibilizou na sexta-feira (12) com o rebaixamento da nota de risco soberano do Brasil, de “BB” para “BB-” pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P): o dólar caiu, e a Bolsa ficou estável. Segundo analistas, pesou o fato de que, internamente, todas as atenções estão voltadas ao julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no próximo dia 24, e cujo veredito deve dar mais clareza ao quadro eleitoral. O cenário externo favorável, com liquidez elevada e apetite por risco, também ajudou a atenuar o efeito da decisão da S&P.

“A decisão da S&P era tão esperada que o mercado nem se sensibilizou. Dia 24 é mais importante porque pode sinalizar um processo político mais ou menos turbulento. Isso, sim, será mais essencial para os preços de ativos. Já se sabe que as questões fiscais vão ficar para o próximo governo, mas só seguirá bem se houver a eleição de alguém de centro”, avalia o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale.

O dólar comercial encerrou o pregão com queda de 0,40%, cotado a R$ 3,20, o terceiro recuo consecutivo, na menor cotação desde 20 de outubro, quando fechou em R$ 3,19. Na semana, a moeda norte-americana caiu 0,83%. O Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, fechou praticamente estável, com leve queda de 0,02%, aos 79.349 pontos, bem próximo do nível recorde alcançado na última segunda-feira (8), quando o índice fechou aos 79.378 pontos. Na semana, o Ibovespa subiu 0,35%.

Risco-país

O indicador de risco-país medido pelos CDS (credit default swaps, na sigla em inglês) ficou praticamente estável, em 147 pontos, apenas um ponto abaixo do fechamento da quinta-feira. O CDS é uma espécie de seguro contra calote usado por investidores como proteção (hedge).

“É claro que um rebaixamento de rating é negativo, mas os efeitos foram mitigados por esse clima mais favorável no exterior. Além disso, aqui, os investidores estão de olho nas eleições e, no curto prazo, no julgamento do ex-presidente Lula. Uma possível condenação impediria sua candidatura, antecipando um cenário eleitoral com candidatos mais pró-reformas”, disse o economista Silvio Campos Neto, da consultoria Tendências.

Segundo integrantes da equipe econômica, o peso da eleição é maior porque interfere nas políticas de longo prazo do País e também na continuidade ou não das reformas. Já a mudança na legislação previdenciária pode ser feita também em 2019, se um governo reformista assumir.
“Ele (julgamento do ex-presidente Lula) é muito mais importante para as pessoas acreditarem que os ajustes necessários serão realmente feitos”, disse uma fonte do governo.

No dia 24, em Porto Alegre, o ex-presidente será julgado, em segunda instância, pelo caso do triplex do Guarujá (SP).
Se esse clima mais positivo no exterior continuar e o ex-presidente Lula for condenado, o mercado financeiro deve ter um início de ano bastante positivo, diz Álvaro Bandeira, economista-chefe da Modalmais.

“Se o placar no TRF-4 (Tribunal Regional Eleitoral da 4ª Região) for de 3 a 0, aí o processo fica mais limpo. Depois, virá a discussão de quem é candidato e quais serão seus programas econômicos”, observa Bandeira.

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