Quinta-feira, 15 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 7 de maio de 2018
Os economistas do mercado financeiro reduziram a sua previsão para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano e mantiveram estáveis as estimativas para a inflação em 2018 e 2019.
As expectativas estão no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (07) pelo BC (Banco Central). Para o resultado do PIB em 2018, os economistas dos bancos baixaram a previsão de crescimento de 2,75% para 2,70%. Para o ano que vem, a expectativa do mercado para a expansão da economia continua em 3%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia brasileira. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,5%. Em 2017, cresceu 1% e encerrou a recessão no País.
Inflação
A expectativa do mercado para a inflação em 2018 ficou estável em 3,49%. O percentual esperado pelos analistas continua abaixo da meta que o Banco Central precisa perseguir para a inflação neste ano, que é de 4,5%. Entretanto, está dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema, que considera que a meta terá sido cumprida pelo BC se o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficar entre 3% e 6%.
A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a Selic (taxa básica de juros da economia). Para 2019, o mercado financeiro manteve a sua expectativa de inflação inalterada em 4,03%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
Taxa de juros
Os analistas do mercado mantiveram em 6,25% ao ano a previsão para a taxa básica de juros da economia ao final de 2018. Atualmente, a taxa está em 6,5% ao ano. Para o fim de 2019, a estimativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Desse modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.
Câmbio
Na edição desta semana do Boletim Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 subiu de R$ 3,35 para R$ 3,37 por dólar. Para o fechamento de 2019, ficou estável em R$ 3,40 por dólar.
A projeção para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2018 caiu de US$ 56,1 bilhões para US$ 55 bilhões de resultado positivo.
Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit subiu de US$ 45 bilhões para US$ 46 bilhões. A previsão dos economistas para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2018 permaneceu em US$ 75 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas ficou estável em US$ 80 bilhões.