Quinta-feira, 15 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 30 de março de 2021
O chanceler do México, Marcelo Ebrard, confirmou que o país receberá, até esta quinta-feira (1°), 2,7 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, como parte de um acordo bilateral com os Estados Unidos. Esta semana, o país já recebeu 1,5 milhão de doses. Há dez dias, o governo de Joe Biden anunciou que enviaria, no total, 4 milhões de doses ao México e ao Canadá como empréstimos aos dois países.
O imunizante, produzido pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório, ainda não recebeu autorização para uso emergencial dentro dos EUA, e o governo vinha sendo pressionado a distribuir parte das doses do seu estoque, hoje de 30 milhões de unidades.
O acordo para compartilhar a vacina não afetará os planos de Biden de vacinar todos os adultos nos Estados Unidos até o final de maio. Os EUA já ultrapassaram o marco de 140 milhões de doses administradas desde dezembro. Mesmo assim, os casos aumentaram na última semana, como resultado do fim das medidas restritivas e das novas variantes que se proliferaram no país.
Canadá e México são sócios dos EUA em um acordo de livre comércio, e os dois países têm reclamado do protecionismo americano na exportação de vacinas e de matérias-primas para sua fabricação. Enquanto os EUA já aplicaram a primeira dose da vacina em 22% de sua população, esse percentual é de 7% no Canadá e de 3,2% no México.
A produção de imunizantes da AstraZeneca no México, numa associação com a Argentina, está atrasada por falta de frascos para o envase, importados dos EUA. O país registrou 203 mortes relacionadas nesta segunda-feira, elevando o número total de vítimas para 201.826. Agora, autoridades recomendaram cautela à população diante de uma possível terceira onda da pandemia após o feriado da Páscoa.
No Canadá, que deve receber nesta terça-feira 1,5 milhão de doses procedentes dos Estados Unidos, um comitê científico recomendou que se interrompa a aplicação da AstraZeneca em pessoas menores de 55 anos. O país comprou vacinas da Pfizer produzidas nos EUA, mas o ritmo lento da entrega está atrasando a imunização.
A vacina da AstraZeneca sofreu vários reveses. O Reino Unido – onde ela foi desenvolvida – apoia incondicionalmente seu uso, mas países como a África do Sul a rejeitaram. Na Europa, várias nações suspenderam a aplicação em meados de março, mas voltaram atrás impondo, em alguns casos, limites de idade. As informações são do jornal O Globo.