Quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de março de 2020
O Ministério da Saúde publicou em edição extra do Diário Oficial a União de sexta-feira (28) avisos de chamamento público para compra de 20 milhões de máscaras cirúrgicas e 600 mil aventais hospitalares diante do aumento do número de casos suspeitos de coronavírus no Brasil. Dois casos foram confirmados e há 252 suspeitas no País.
Os chamamentos públicos convocam empresas interessadas em fornecer os produtos, via contratação direta, e também abrangem a contratação emergencial de monitores multiparamétricos, ventiladores pulmonares, bombas infusoras para terapias com medicamentos parenterais, camas motorizadas com elevação, entre outros.
O prazo de entrega das propostas para as máscaras é até esta terça-feira (3). Para os demais casos, as empresas devem se apresentar até sexta-feira (6).
De acordo com o Ministério da Saúde, a expectativa é que os produtos seja distribuídos para unidades de saúde no País em duas a três semanas.
Orientação
Apesar de muita gente ter passado a usar máscaras para se tentar se prevenir do Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, especialistas dizem que o uso delas não é necessário para a população em geral no atual estágio da epidemia.
A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que somente as pessoas que estão doentes usem máscaras, afirmou a epidemiologista Maria van Kerkhove, líder técnica de programas de emergência da entidade.
“A orientação da OMS é que as pessoas usem máscaras se elas mesmas estiverem doentes, se tiverem sintomas respiratórios. E o motivo para isso é que elas evitem a transmissão para outra pessoa, não para evitar que elas mesmas se infectem”, explicou van Kerkhove.
Para Wladimir Queiroz, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, especialista em doenças infecciosas e parasitárias e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), máscaras são recomendadas “só para quem estiver em contato com alguém com qualquer sintoma gripal”.
Nancy Bellei, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e consultora da SBI, afirma: “O uso de máscaras é recomendado para profissionais de saúde e pacientes infectados que circulam em ambientes públicos ou hospitalares”.
A recomendação para quem usa a máscara é usá-la bem justa ao rosto, sem vãos laterais que permitam a circulação de gotículas que possam estar contaminadas.