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Brasil O Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil 3 mil páginas de extratos bancários e transferências de propinas envolvendo a empresa estatal de petróleo da Venezuela

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Empregados da PDVSA descarregam gasolina em Caracas, na Venezuela. (Foto: Reprodução)

O Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil dados bancários sobre um esquema de propinas envolvendo a PDVSA e operadores venezuelanos. Os documentos, que estão sendo examinados por procuradores, detalham a rota do dinheiro chavista e chamam a atenção em razão do volume: 3 mil páginas de extratos bancários e transferências.

Fontes próximas ao caso confirmaram ao Estado que os dados foram inicialmente recolhidos a pedido de procuradores federais no Rio Grande do Sul, responsáveis por iniciar as investigações sobre desvios chavistas de até R$ 80 milhões – parte para contas secretas na Suíça.

Na origem do esquema está a PDVSA Agrícola, braço da gigante do setor de petróleo, que expandiu sua atuação para outros setores da economia durante a presidência de Hugo Chávez. O esquema envolvia a exportação de insumos e máquinas agrícolas superfaturados para a Venezuela. A diferença de valores foi parar no bolso de diretores de estatais venezuelanas e alimentou pelos menos quatro empresas offshore.

Agora, a suspeita é de que a operação no setor agrícola seja apenas parte de um esquema mais amplo da atuação da PDVSA no Brasil, inclusive com construtoras nacionais. Os extratos, portanto, são os primeiros indícios concretos de que o volume de recursos não se limitava às máquinas e insumos agrícolas.

A partir de uma primeira avaliação, investigadores suíços estão mapeando novas contas de receptores de propinas envolvendo o regime da Venezuela. Um dos suspeitos é o operador Osvaldo Basteri Rodrigues. Seria ele quem cobraria as propinas no Brasil que, em seguida, eram distribuídas à chefia da estatal. Suas contas na Suíça foram bloqueadas. Os extratos revelam, porém, outros depósitos e movimentações.

Dois anos após a homologação dos acordos de colaboração premiada de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht, os casos envolvendo crimes no exterior continuam sob segredo de Justiça no Brasil.

Além do caso da PDVSA Agrícola, há diversos outros crimes admitidos pela Odebrecht. Em abril de 2017, o Estado revelou que a delação de Euzenando de Azevedo, ex-diretor da empresa na Venezuela, confirmava o pagamento de propina envolvendo obras como o metrô de Caracas, no valor aproximado de US$ 35 milhões, por meio de uma offshore chamada Creswell Overseas S/A. Ele era amigo pessoal de Chávez.

Também foram delatados pagamentos a agentes públicos na implantação de complexos de produção de etanol na Venezuela, uma parceria entre a Odebrecht e a PDVSA Agrícola. Segundo informações do jornal O Estado de S.Paulo, foi aberta uma investigação na Procuradoria da República no Distrito Federal envolvendo o metrô de Caracas, mas o Ministério Público Federal não confirmou à reportagem se ela ainda está aberta ou se já foi encerrada.

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