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Brasil O Ministério Público apontou uma falha no laudo da queda do helicóptero que matou o filho mais novo do ex-governador de São Paulo

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Da esquerda para a direita: Thomaz, Sophia e Geraldo, filhos de Geraldo Alckmin. (Foto: Reprodução Facebook)

Investigações conduzidas pelo Ministério Público Estadual (MPE), de São Paulo, e pela polícia apontaram que o perito responsável por apurar a causa do acidente de helicóptero que matou o filho mais novo do ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) em abril de 2015, na Grande São Paulo, mentiu em seu laudo. A nova conclusão é que a queda da aeronave foi provocada por falha material e não por falta de manutenção.

Além de Thomaz Alckmin, quatro pessoas morreram na tragédia. Em março deste ano, o perito Hélio Ramacciotti, do Instituto de Criminalística (IC), foi denunciado pela promotora Camila Moura por utilizar informações falsas no laudo que concluiu, em setembro de 2015, que o acidente foi provocado pela desconexão de duas peças (alavanca e flexível) na cadeia de comando da aeronave.

A denúncia foi aceita em 24 de abril pelo juiz Renato Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Carapicuíba. O perito pode ser condenado a até quatro anos de prisão. A conclusão de Ramacciotti sobre a queda da aeronave modelo EC 155 B1, da Airbus Helicopters, seguiu a mesma hipótese apontada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) em relatório preliminar divulgado dois meses após o acidente.

As peças estavam desconectadas antes da decolagem, configurando falha humana. O perito, segundo a denúncia, teria até copiado trechos do documento da Aeronáutica, conforme o jornal O Estado de S.Paulo.

O laudo do IC resultou no indiciamento por homicídio culposo de cinco funcionários da empresa Helipark, dona do hangar de onde a aeronave partiu. As suspeitas sobre o laudo do perito levaram o IC a refazer a investigação.

Nova perícia concluída em setembro do ano passado e à qual a reportagem teve acesso constatou “o fator contribuinte para a queda da aeronave foi certamente a ruptura de uma das pás do rotor principal”. Segundo o novo laudo, houve problemas em uma manutenção realizada pela Helibrás nas pás da aeronave dois dias antes do acidente.

A empresa não teria respeitado o prazo de secagem de uma semana após a pintura do equipamento. Empresa diz ter sido vítima Depois da nova perícia do IC, comandada por uma comissão de cinco peritos, os funcionários da Helipark foram desindiciados. “Não há a menor dúvida de que Helipark foi vítima e por sorte seus funcionários não chegaram a responder a processo penal”, afirmou Laércio Farina, advogado da empresa que ainda é processada na Justiça por uma seguradora em uma ação de R$ 55 milhões.

Em nota, a Helibrás, responsável pela manutenção das pás, afirmou que a alegação do MPE “é desprovida de embasamento técnico e não segue o devido critério para investigações de acidentes aeronáuticos”. Segundo ela, “o trabalho de manutenção de baixa complexidade realizado nas pás da aeronave não contribuiu para o acidente”.

A empresa ressalta que tanto o Cenipa quanto especialistas “não encontraram quaisquer anormalidades nas pás do helicóptero acidentado”. Responsável pela defesa do perito, a advogada Maria Luisa Domingues afirmou que vai contestar a denúncia do MPE na Justiça. “Não houve nenhuma falsidade, nenhum erro”, disse.

Na ação penal, o MPE havia pedido o afastamento do perito das suas funções no IC, mas o juiz rejeitou o pedido. Em nota, a Secretaria da Segurança Púbica informou que tanto Ramacciotti quanto os peritos que emitiram o segundo laudo “estão sob análise na Corregedoria da Polícia Civil”. Ramacciotti, segundo a pasta, não foi afastado.

A assessoria do ex-governador Geraldo Alckmin informou que ele não vai se pronunciar sobre o caso.

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https://www.osul.com.br/o-ministerio-publico-viu-falha-em-laudo-de-queda-de-helicoptero-que-matou-um-filho-do-ex-governador-de-sao-paulo/ O Ministério Público apontou uma falha no laudo da queda do helicóptero que matou o filho mais novo do ex-governador de São Paulo 2018-05-12
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