Segunda-feira, 28 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 9 de dezembro de 2020
Falando sobre os riscos para investidores estrangeiros no Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o primeiro deles é o político, seguido da volatilidade na taxa de câmbio e do risco legal. Questionado sobre a corrupção no país, ele afirmou que isso é “coisa do passado” no que se refere ao governo federal. “No último ano e meio, em nosso governo, não houve um caso de corrupção”, declarou.
As declarações foram dadas nesta quarta-feira (9) em videoconferência voltada a investidores estrangeiros, no evento “Asia Summit”, promovido pelo Milken Institute.
“O Brasil está evoluindo em uma sociedade mais sofisticada, estamos privatizando. Nos unimos ao acordo global [GPA], um padrão para combater a corrupção. Acreditamos que uma economia guiada pelo mercado é muito menos corrupta do que uma economia estatizada”, disse.
Guedes avaliou que a próxima fronteira de investimentos, no Brasil, será em energia eólica e solar, e em tecnologia – citando o 5G. “O governo entende que o o futuro é verde e digital”, afirmou.
De acordo com o ministro, o Brasil tem a matriz energética mais limpa do mundo, e o governo busca preservar o meio ambiente. “Há muita mineração e queimadas ilegais no brasil, e vamos combater isso de forma muito dura”, acrescentou.
Na visão de Guedes, “há muito mal-entendido sobre o que está acontecendo no Brasil, nas florestas, na Amazônia”.
“O fato é que o Brasil preservou seu meio ambiente com sucesso por décadas. Certamente, há como melhorar e certamente precisamos de ajuda do exterior”, concluiu.
Guedes também voltou a defender o teto de gastos e informou que o governo pode anunciar, ainda neste ano, uma redução de subsídios. Porém, ele não especificou em que setores haveria esse corte.
De acordo com o ministro, o governo vai “mandar um sinal forte de reduzir subsídios de uma forma geral no Brasil”.
“Acho que isso vai acontecer antes do fim do ano. Dois dias atrás, demos outro sinal, de que vamos acabar com o auxílio emergencial no fim deste ano. Estamos dando sinais que estamos removendo gastos extraordinários com a pandemia e, ao mesmo tempo, reduzindo subsídios”, afirmou.
Guedes afirmou que, após a reforma da Previdência no primeiro ano de governo e da guerra contra a pandemia em 2020, a grande pergunta dos economistas é o que vem daqui pra frente.
“Vão respeitar o teto de gastos, ou vão manter esses gastos transitórios adicionais e superar o teto? E a resposta é: de jeito nenhum [o teto será desrespeitado]. Vamos voltar às reformas”, afirmou.
O teto de gastos é um mecanismo criado em 2016 e impede que a maior parte dos gastos públicos suba mais do que a inflação do ano anterior. A regra é um dos principais dispositivos atuais de controle das despesas do governo. As informações são do portal de notícias G1.