Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de junho de 2020
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou à CNN Brasil que o governo vai enviar “muito em breve” ao Congresso Nacional uma proposta de prorrogação do auxílio emergencial. Ele não quis, porém, cravar os valores.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vem defendendo a prorrogação do benefício por pelo menos mais dois meses também com valor de R$ 600 cada, mesmo montante das três primeiras parcelas já previstas.
Outras lideranças partidárias também começaram a se manifestar nos últimos dias na linha de Maia. Entre elas, o presidente nacional do MDB e líder do partido na Câmara, deputado Baleia Rossi.
“O Brasil ainda vive a pandemia da Covid-19, o que obriga medidas restritivas na grande maioria dos municípios. Mesmo nas cidades em que o comércio reabriu, famílias precisam se recuperar financeiramente”, justifica Rossi.
Nos bastidores, lideranças do Centrão preveem que o presidente Jair Bolsonaro e a equipe econômica, que defendem mais duas parcelas de R$ 300 cada, vão acabar “cedendo” à pressão do Legislativo por um valor maior.
Terceira parcela
O pagamento da terceira parcela do auxílio emergencial, pago pelo governo federal durante a pandemia do novo coronavírus, depende apenas da sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Foi o que informou hoje o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, em entrevista à CNN Brasil. Segundo Guimarães, já está tudo certo entre o banco e o Ministério da Cidadania para os pagamentos.
“Nós já fechamos com o Ministério da Cidadania. Precisa só da aprovação do presidente da República. Já temos a questão técnica (definida), com tranquilidade”, afirmou Guimarães.
“A terceira parcela, já estamos pagando a quem recebe o Bolsa Família, mais de 11 milhões de brasileiros já receberam. Em breve, vamos anunciar — é o Ministério da Cidadania que anuncia, mas há todo o alinhamento técnico entre ministério e a Caixa”, acrescentou.
A exemplo do que foi feito com as duas primeiras parcelas, os beneficiários receberão o valor de R$ 600 em conta, antes da possibilidade do saque em agências.
“Faremos primeiro o pagamento de forma digital, por mês de nascimento, sempre começando por janeiro. Vamos começar por janeiro e seguindo por esse calendário. Algum tempo depois, vamos permitir o saque”, reforçou Guimarães.
“Por que fizemos assim? Dois meses atrás, não tínhamos ainda essa base, tivemos uma semana com filas. Todo mundo reclamou, estavam certos”, reconheceu.
Ainda de acordo com o presidente da Caixa, a sanção presidencial “vai ser em breve”. “Vamos anunciar também a segunda parcela de quem não recebeu, para que tenhamos o pagamento de todos de uma vez”, prometeu.