Terça-feira, 10 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 27 de julho de 2020
O ministro da Economia, Paulo Guedes, negou à CNN que esteja ocorrendo uma debandada na equipe econômica, que sofreu três baixas recentes, com as saídas de Caio Megale da direção de programas da Secretaria Especial de Fazenda da pasta, de Rubem Novaes da presidência do Banco do Brasil e de Mansueto Almeida do Tesouro Nacional.
“Não houve debandada. Na média, o nível da equipe está subindo”, afirmou Guedes, ressaltando que, nos últimos meses, trouxe para o ministério nomes “excelentes”, como Bruno Funchal, novo secretário do Tesouro; Roberto Fendt, secretário de Comércio Exterior; e os economistas Aloisio Araújo e Vanessa Canado, assessores especiais da pasta.
Guedes ponderou que as saídas de Megale e Mansueto foram motivadas por razões pessoais e de planejamento de carreira, enquanto a de Novaes teve mais a ver com Brasília e com a dificuldade de privatização do banco. Em entrevista à CNN, o presidente do Banco do Brasil disse que não se acostumou “à cultura de compadrio de Brasília”.
Megale – que também ocupou os postos de secretário da Indústria e Comércio e assessor no gabinete do ministro – afirmou que decidiu sair do governo por motivos pessoas. “Completei meu ciclo no setor público. Foram quase quatro anos desde a prefeitura. A família também vinha pedindo muito”, disse Megale à CNN.
O ministro afirmou que a escolha do novo chefe do BB está “muito bem encaminhada” e que conversaria na tarde desta segunda-feira (27) com o presidente Jair Bolsonaro para bater o martelo. “Estamos bastante avançados”, disse Ele ressaltou ainda que negocia a entrada de dois novos integrantes para o ministério, mas preferiu não revelar nomes.
Guedes disse que sua “regra” é sempre substituir aqueles que deixam a equipe econômica por alguém melhor. “Tem que ser melhor do que o que sai. Minha regra sempre é essa. O que é difícil (no caso do Banco do Brasil), porque o Rubem é um padrão bem alto”, afirmou o ministro da Economia à coluna.
Segundo a CNN, o economista Rubem Novaes foi convidado a trabalhar como conselheiro pessoal do ministro Paulo Guedes, no gabinete no Rio de Janeiro.
De acordo com integrantes da equipe econômica, aos 75 anos, Novaes estava saturado de trabalhar em Brasília, longe da família e alvo de duras críticas internas por defender a privatização do Banco e não avançar no alcance de clientes mais jovens para a instituição.
Guedes quer alguém mais afinado com o mundo tecnológico. A renúncia de Rubem Novaes já era sabida pela cúpula da Economia. Ele conversou com Guedes antes de anunciar, em comunicado oficial, que estava fora do Banco pela “renovação”. As informações são da CNN Brasil.