Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de novembro de 2019
O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), responsável pela aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), informou que a imagem da prova de Redação que circulou nas redes sociais é verdadeira.
Posteriormente, o ministro informou que um aplicador de provas vazou a imagem.
“A gente supõe que essa pessoa pegou a prova de ausentes e tirou foto da página da redação. Eu mesmo já tinha divulgado o tema, quando ele divulgou essas fotos, e agora ele vai ter que responder na Justiça. Vamos pegar essa pessoa e vamos atrás dela”, declarou o ministro.
Segundo sua avaliação, não houve dano nenhum por conta do vazamento. “Ninguém foi lesado. Mas houve a tentativa de macular, colocar em xeque. Foi um péssimo profissional. Mexe coma vida de cinco milhões e famílias. A gente vai localizar”, acrescentou.
Ele afirmou, ainda, que esse aplicador é uma “pessoa vil, baixa, pessoa má, que abusou da confiança dos outros”. “Estamos muito próximos de chegar à pessoa e ela vai enfrentar toda as consequências legais de seus atos”, disse Weintraub.
Em seguida, o ministro da Educação afirmou que o governo vai buscar “escangalhar o máximo a vida dele [do vazador]”.
“Eu sou uma pessoa que acho que as punições no Brasil são leves. Então a gente vai fazer praticamente tudo o que a gente puder fazer (…) Se der pra fazer criminal, cível, absolutamente tudo o que a gente puder fazer para essa pessoa se arrepender amargamente de um dia vir ao mundo”, disse.
Afirmou, também, que “não estamos no Império Romano” e que, portanto, “não existe mais empalamento nem crucificação”. E concluiu: “mas ele vai pagar por todos os pecados dessa vida”.
Prova sem polêmica
O ministro também afirmou que não houve “nada polêmico” no Enem deste ano. “Como deveria, ser. Sem doutrinação, sem ‘forçação’ de barra, respeita os indivíduos, pessoas e famílias. Não ficar doutrinando, buscando polêmica. Até o pessoal mais à esquerda não está criticando”, disse.
No ano passado, ainda antes de tomar posse, mas já eleito, Jair Bolsonaro afirmou tomaria conhecimento do conteúdo do Enem antes da aplicação da prova a partir deste ano, já como presidente da República.
Ele deu a declaração ao falar sobre uma questão no Enem deste ano que abordou o pajubá, conjunto de expressões associadas aos gays e aos travestis.
O ministro Weintraub afirmou que tanto ele, quanto o presidente do Inep, Alexandre Lopes, tiveram “contato” com a prova somente neste domingo.
“Nossas orientações eram para que fosse possível fazer uma prova para selecionar as pessoas mais qualificadas. O objetivo do Enem é separar os mais qualificados”, disse o ministro.