Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de julho de 2017
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, dormiu nesta sexta-feira (21) durante parte do discurso do presidente Michel Temer na 50ª Cúpula do Mercosul, em Mendoza, na Argentina.
Sentado ao lado do presidente, à esquerda, o ministro cochilou várias vezes enquanto Temer falava. Em alguns momentos, o sono fazia Meirelles pender a cabeça. Em outros, o ministro bocejava e levava uma xícara à boca.
Temer viajou no fim da tarde da última quinta-feira (20) para a cidade argentina, que recebe o encontro dos chefes de Estado do bloco sul-americano, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
No discurso feito na reunião do bloco, Temer defendeu o resgate e o fortalecimento do Mercosul e afirmou que acompanha com “grande preocupação” a situação da Venezuela.
Venezuela
O presidente Michel Temer afirmou nesta sexta que os países que integram o Mercosul reconhecem uma “ruptura” democrática na Venezuela.
Novo presidente rotativo do bloco econômico, Temer fez a declaração durante o encontro de cúpula com os chefes de Estado do Mercosul.
Apenas o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não participou da reunião. O país vizinho está suspenso temporariamente do Mercosul desde dezembro por ter descumprido normas de adesão ao bloco.
O Brasil assumiu neste encontro a presidência rotativa do bloco, que, até então, estava sob o comando do presidente argentino Mauricio Macri. O governo brasileiro comandará o Mercosul pelos próximos seis meses.
“Essa é a postura do Mercosul em seu conjunto. Nossos chanceleres reconheceram formalmente a ruptura da ordem democrática na Venezuela”, declarou Temer em meio ao discurso.
Em outro trecho da declaração, o presidente brasileiro ressaltou que os demais países do bloco acompanham com “grande preocupação” a crise política em território venezuelano.
“Somos profundamente sensíveis à deterioração do quadro político-institucional, às carências sociais que, nesse país amigo, ganham contornos de crise humanitária”, enfatizou.
“Nossa mensagem é clara: conquistamos a democracia, em nossa região, com grande sacrifício, e não nos calaremos, não nos omitiremos frente a eventuais retrocessos”, complementou o presidente.
Atualmente, a Venezuela convive com um dura crise econômica, que fez disparar a inflação e gerou problemas de distribuição de produtos básicos, como remédios, comida e papel higiênico. Diante da crise política e econômica, venezuelanos passaram a pedir refúgio ao Brasil.
O governo de Maduro tem sido questionado quase diariamente nas ruas do país por oposicionistas. Há registros de mortes em protestos contra o governo venezuelano, como a greve convocada contra Maduro pela oposição que paralisou parte do país nesta quinta (20).No último domingo (16), um plebiscito simbólico convocado pela oposição – com a participação de mais de 7 milhões de eleitores venezuelanos – rejeitou a proposta de Maduro de convocar uma Assembleia Constituinte para elaborar uma nova constituição para o país sul-americano. (AG)