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Por Redação O Sul | 29 de maio de 2017
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que foi surpreendido pela notícia dos jornais dessa segunda-feira de que o governo teria um “plano B” no caso de o projeto da reforma da Previdência não ser aprovado no Congresso Nacional. “Isso não é real”, declarou durante evento em São Paulo, a respeito da possibilidade de que o Palácio do Planalto proponha uma MP (medida provisória) para fazer mudanças no setor.
Em relação à crise política, o titular da pasta assegurou que o cenário-base com o qual trabalha é de que o presidente Michel Temer conclua o seu mandato, apesar do impacto e dos desdobramentos das denúncias contra o peemedebista a partir da delação premiada do grupo JBS/Friboi: “A reforma da Previdência que está sendo feita neste momento extrapola este ou outros mandatos”.
O ministro reforçou, ainda, que a expectativa do governo é de que a economia cresça neste ano, após a forte recessão registrada em 2016. A previsão é que o PIB (Produto Interno Bruto) chegue ao quarto trimestre com um índice de crescimento de pelo menos 2,7% na comparação com igual período do ano passado.
Meirelles também mencionou a queda do chamado “risco-Brasil” pela metade nos últimos meses, além da redução da inflação e do corte na taxa de juros. “A queda dos juros reflete-se, hoje, na diminuição da própria taxa de inflação”, ressaltou. Para o ministro, o que se discute no mercado, agora, é a magnitude da queda dos juros e não se o Banco Central vai elevar a taxa.
“A previsibilidade, é uma questão essencial para atrair investidores e o governo tem tentado garantir estabilidade de regras para os estrangeiros interessados no Brasil”, avaliou. “Nos projetos de concessão, o que vai prevalecer são as regras de mercado.”