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Brasil O ministro do Esporte filho de Jorge Picciani “sumiu” após a operação contra o seu pai

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Ministro do Esporte, Leonardo Picciani. (Foto: Arquivo/Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), deixou nesta semana a agenda de gabinete, em Brasília, para prestar apoio à família depois que o pai, Jorge, e o irmão, Felipe, foram presos – decisão posteriormente revogada pela Assembleia Legislativa. O ministro passou a semana no Rio, acompanhando de perto a repercussão da Operação Cadeia Velha, que atingiu seu clã e a cúpula do PMDB fluminense.

Picciani nem sequer voltou a Brasília nesta semana. A última aparição foi ao lado do presidente Michel Temer, na segunda-feira passada, no lançamento de um programa emergencial de ações sociais voltadas para comunidades carentes por ocasião da intervenção das forças de segurança na cidade.

O ministro cancelou pelo menos dois compromissos públicos e não abriu a agenda para audiências com parlamentares, prefeitos, vereadores, secretários, atletas e dirigentes de confederações em Brasília. A assessoria não divulgou nenhuma atividade do ministro.

Nos corredores do Palácio do Planalto, entre representantes da base governista já começaram a circular rumores de que Picciani possa deixar o cargo, contra sua vontade, na reforma ministerial prometida pelo presidente. Ele deve concorrer à reeleição e planejava deixar o cargo apenas no ano que vem.

Delação

Em depoimento prestado à PGR (Procuradoria-Geral da República), o marqueteiro Renato Pereira disse em delação premiada que o ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), direcionou uma licitação de publicidade da pasta para sua agência, a Prole Propaganda, no ano passado.

O colaborador contou ter viajado para Brasília para tratar pessoalmente do acerto com o peemedebista –que assumiu o cargo em 12 de maio de 2016, com o afastamento da presidente Dilma Rousseff e sua substituição por Michel Temer.

“[Pereira] Veio a Brasília e teve uma reunião com Picciani no seu gabinete, onde ficou acertado que ganharia a conta de publicidade do ministério”, diz o depoimento.

A concorrência para a conta do Esporte foi aberta na gestão de Picciani. A Prole, de fato, foi classificada entre as duas vencedoras do processo para dividir uma conta de R$ 55 milhões.

No dia da assinatura do contrato, no entanto, os representantes da empresa não apareceram. A agência desistiu de prestar os serviços, alegando dificuldades financeiras. A decisão foi tomada em dezembro, dias depois de o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB-RJ) ser preso por suposta participação em esquemas de corrupção que envolveriam a Prole e o marqueteiro.

O Ministério do Esporte convocou para assinar o contrato a Calia Y2, terceira classificada na licitação. A empresa –que aumentou expressivamente seus ganhos no atual governo– pertence a Gustavo Mouco, irmão do marqueteiro de Temer, Elsinho Mouco.

A outra vencedora da concorrência no Esporte foi a Agência Nacional de Propaganda, que, segundo Pereira, seria próxima do ministro Picciani e teria participado de outras tratativas para fraudar licitações no governo do Rio e no Ministério da Saúde.

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https://www.osul.com.br/o-ministro-do-esporte-filho-de-jorge-picciani-sumiu-apos-operacao-contra-o-seu-pai/ O ministro do Esporte filho de Jorge Picciani “sumiu” após a operação contra o seu pai 2017-11-18
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