Segunda-feira, 22 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de dezembro de 2020
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes foi às redes sociais defender a urgência da vacinação contra a covid-19 em todo o Brasil. Ele teceu ainda críticas à arena ideológica que se formou em torno do tema.
“Vacinas não possuem ideologia. Sua função científica é salvar vidas, como há tantos anos o fazem. Quase 190 mil já se foram pela #COVID19”, escreveu o ministro do STF, em seu perfil no Twitter. “A imunização é urgente e deve abarcar todo o País. Devemos confiar nos critérios de prioridade estabelecidos pelas autoridades sanitárias”, acrescentou.
O posicionamento de Gilmar Mendes reforça a pressão contra o governo na questão das vacinas. O presidente Jair Bolsonaro voltou a se manifestar sobre o tema ao levantar dúvidas sobre a eficácia da imunização patrocinada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB). “A eficácia daquela vacina em São Paulo parece que está lá embaixo, né?”, disse, em transmissão ao vivo nas redes sociais.
Enquanto vários países já iniciaram a vacinação, o Brasil ainda não tem uma data oficial para começar a campanha de imunização dos brasileiros contra a covid-19. Ficou para trás, inclusive, na América Latina, com países como México, Costa Rica e Chile já aplicando as primeiras doses.
Depoimento
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, decidiu neste sábado (26) suspender o depoimento do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, no processo de impeachment que está em andamento na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O depoimento estava previsto para esta segunda (28) e foi suspenso a pedido dos advogados de Witzel. Na decisão, Moraes afirmou que os advogados do governador afastado devem ter acesso antecipado ao processo antes do depoimento, que também deverá ocorrer somente após a oitava do ex-secretário de Saúde Edmar Santos, um dos delatores do suposto esquema de corrupção.
“Determino que o interrogatório somente poderá ser realizado após a defesa ter acesso a todos os documentos remetidos pelo Superior Tribunal de Justiça, com prazo mínimo de cinco dias entre o acesso integral e o ato processual, bem como após a complementação da oitiva da testemunha Edmar José Alves dos Santos”, decidiu o ministro.
Em agosto deste ano, Witzel foi afastado do cargo por 180 dias em decisão do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O afastamento foi determinado no âmbito da Operação Tris in Idem, um desdobramento da Operação Placebo, que investiga atos de corrupção em contratos públicos do governo do Rio de Janeiro. Desde o início das investigações, Witzel nega o envolvimento em atos de corrupção e sustenta que seu afastamento não se justifica.