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Brasil Um ministro do Supremo autorizou a defesa do ex-assessor de Temer Rodrigo Rocha Loures a acessar dados do inquérito sobre o presidente

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Em 2017, o ex-assessor do Planalto (foto) foi flagrado pela Polícia Federal carregando mala com R$ 500 mil que havia recebido do executivo da J&F Ricardo Saud. (Foto: Reprodução/YouTube)

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a defesa do ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR) a ter acesso aos dados do inquérito que tem o presidente Michel Temer entre os investigados. Ex-assessor de Temer, Loures também é alvo do inquérito, aberto em setembro de 2017, para investigar o suposto pagamento de propina na edição do decreto dos portos.

A suspeita é de que empresas específicas do setor foram beneficiadas, o que Temer nega. Na segunda-feira (04), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, se manifestou a favor de a defesa de Loures acessar as informações.

Raquel argumentou que o pedido deveria ser atendido porque o STF já firmou jurisprudência no sentido de a defesa de investigados ter acesso às provas “já documentadas nos autos e que veiculam informações úteis à condução da defesa”. A procuradora-geral acrescentou também que o material pedido pela defesa do ex-assessor de Temer é resultante de quebra de sigilo que já se encontra nos autos, “não havendo qualquer sentido em obstar o fornecimento da senha de acesso aos dados já disponibilizados”.

Segundo a defesa de Rocha Loures, a polícia já forneceu os arquivos contendo as informações telemáticas do ex-assessor de Temer, mas o delegado da PF (Polícia Federal) Cleyber Malta Lopes, de acordo com os advogados, não ofereceu a senha, pois “faria uma seleção prévia do que seria considerado ‘relevante’ para as investigações”.

Contas de amigo

A PF encontrou planilhas e extratos bancários que apontam cerca de R$ 20,6 milhões em contas de empresas do coronel aposentado João Baptista Lima Filho, amigo de Temer. Mais R$ 3,04 milhões estão em uma conta do próprio Lima. A PF investiga a suposta atuação de Lima como um intermediário de propina do presidente da República.

O dinheiro está, de acordo com os documentos, em contas correntes e investimentos em nome do coronel (pessoa física), da PDA Projeto e Direção Arquitetônica LTDA. e da PDA Administração e Participação LTDA. Não há nenhuma menção nos papéis sobre a Argeplan, empresa mais conhecida de Lima, dona de diversos contratos milionários com o setor público ao longo dos últimos anos. Em recente depoimento à PF, um contador do coronel, Almir Martins, disse só se recordar do faturamento líquido da Argeplan, que seria em torno de R$ 100 mil a R$ 200 mil anuais. Afirmou ainda que o patrimônio atualizado da empresa é de R$ 5 milhões.

Uma das planilhas, que tem a data de abril de 2017, registra o valor de R$ 20,6 milhões em contas da PDA Administração e Participação no Bradesco. Em nome de Lima, aparece o valor de R$ 3,04 milhões, dos quais R$ 1,8 milhão estão também no Bradesco, R$ 500 mil no Banco do Brasil e o restante em outras contas. Há ainda uma segunda planilha, que detalha os tipos de investimentos. No caso do coronel, ele tem, de acordo com as anotações, dinheiro aplicado em letras de crédito imobiliário e em renda fixa.

Segundo registro na junta comercial de São Paulo, a PDA Administração, constituída em 2011, divide muro com a Argeplan na Vila Madalena. Seu objeto social é “gestão e administração de propriedades imobiliárias”.

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