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Política O ministro do Supremo Luiz Edson Fachin deu 48 horas para a Procuradoria-Geral da República se manifestar sobre os presos em operação que mirou o Ministério do Trabalho

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A apuração começou há um ano, informou a Polícia Federal, para investigação de crimes de formação de organização criminosa, corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro. (Foto: Divulgação)

O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, deu prazo de 48 horas para a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestar sobre pedidos de liberdade apresentados por presos na Operação Registro Espúrio. Deflagrada em maio, a operação apura fraudes na concessão de registros de sindicatos pelo Ministério do Trabalho.

Quando a operação foi deflagrada, foram realizadas buscas nos gabinetes dos deputados federais Paulinho da Força (SD-SP), Jovair Arantes (PTB-GO) e Wilson Filho (PTB-PB), cujas prisões chegaram a ser pedidas pela PF, mas Fachin não autorizou.

Ao todo, à época, foram expedidos 64 mandados de busca e apreensão, 8 mandados de prisão preventiva (sem prazo) e 15 mandados de prisão temporária, além de outras medidas.

Despacho

Em decisão dessa sexta-feira, o ministro Fachin destacou que é preciso atenção “especialmente em face das pessoas enfermas recolhidas ao cárcere”.

“Deve-se colher prévio pronunciamento da Procuradoria-Geral da República acerca dos pedidos antes relatados, observando-se a necessária premência dessa manifestação, especialmente em face das pessoas enfermas recolhidas ao cárcere. (…) Envie-se os autos, com urgência, à Procuradoria-Geral da República para que se manifeste, em 48 (quarenta e oito) horas, sobre as pretensões aqui descritas”, decidiu o ministro.

Suposto esquema
A apuração começou há um ano, informou a Polícia Federal, para investigação de crimes de formação de organização criminosa, corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro. De acordo com a PF, as investigações revelaram “um amplo esquema de corrupção dentro da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho, com suspeita de envolvimento de servidores públicos, lobistas, advogados, dirigentes de centrais sindicais e parlamentares”.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o esquema de fraudes nos registros sindicais funcionava em secretarias do Ministério do Trabalho responsáveis pela análise de pedidos de registro.

As fraudes, de acordo com as investigações, incluíam desrespeito à ordem cronológica dos requerimentos de registro sindical e direcionamento dos resultados dos pedidos.

 Pagamentos envolviam valores que, segundo a investigação, chegaram a R$ 4 milhões pela liberação de um único registro sindical.
Os núcleos de atuação, segundo a PF

Segundo o MPF, no decorrer do inquérito, a Polícia Federal identificou a existência de um esquema criminoso estruturado em cinco núcleos de atuação: administrativo, político, sindical, captador e financeiro.

Núcleo administrativo: formado por pelo menos 10 servidores do Ministério do Trabalho tinha a incumbência de viabilizar as fraudes.

Núcleo político: formado por parlamentares e ex-parlamentares atuava indicando e mantendo em cargos estratégicos do ministério os servidores que faziam parte do esquema.

Núcleo sindical: tinha a missão de fazer o contato com os funcionários públicos encarregados de operacionalizar as fraudes.

Núcleo captador: formado por lobistas e advogados que faziam a intermediação entre os sindicados interessados em registros com os demais integrantes da organização criminosa.

Núcleo financeiro: viabilizava os pagamentos (das entidades sindicais para os envolvidos) por meio da simulação de contratos fictícios de trabalho.

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