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Brasil O ministro do Turismo diz que a candidata do PSL “mente descaradamente” ao dizer que ele a convidou para ser laranja

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Zuleide Oliveira e o ministro Marcelo Álvaro Antônio (Foto: Reprodução)

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, afirmou nesta quinta-feira (7) que Zuleide Oliveira, 41, “mente descaradamente” ao dizer que ele a convidou pessoalmente para ser uma candidata laranja na eleição de 2018. A declaração do ministro foi dada à TV Globo. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Em entrevista à Folha, a candidata afirmou que Álvaro Antônio a chamou com o compromisso de que ela devolvesse ao partido parte do dinheiro público do fundo eleitoral.

Zuleide, inscrita na disputa a deputada estadual, fez uma denúncia ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais em 19 de setembro, mas obteve apenas uma resposta protocolar da Justiça Eleitoral.

A candidata é a primeira a implicar diretamente o hoje ministro no esquema de desvio de dinheiro público por meio de candidaturas de laranjas do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro.

O caso foi revelado pela Folha no início de fevereiro e levou à queda de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência. Polícia Federal e Ministério Público de Minas investigam o esquema.

Nesta quinta-feira, o procurador-regional Eleitoral de Minas Gerais, Angelo Giardini de Oliveira, instaurou uma investigação para apurar indícios de caixa dois na campanha do PSL-MG.

Questionado sobre o caso pela TV Globo, Álvaro Antônio respondeu que “está muito tranquilo em relação a isso”. “Até então, eu não tive nenhuma acusação direta à minha pessoa. A primeira foi agora. Uma pessoa que mente… vai ter que provar isso na Justiça. As outras foram ao partido, a outras pessoas, não diretamente a mim”, disse o ministro.

Zuleide disse em entrevista à Folha que se encontrou com Álvaro Antônio em seu escritório parlamentar, em Belo Horizonte, em 11 de setembro, na companhia do marido e de um amigo.

“Ele [ministro] disse pra mim assim: ‘Então a gente vai fazer o seguinte: você assina a documentação, que essa documentação é pra vir o fundo partidário pra você. (…) Para o repasse ser feito, você tem que assinar essa documentação. E eu repasso a você R$ 60 mil, e você tem que repassar pra gente R$ 45 mil. Você vai ficar com R$ 15 mil para sua campanha. E o material é tudo por nossa conta, é R$ 80 mil em materiais'”, afirma Zuleide.

O ministro afirmou à TV Globo que o relato de Zuleide não procede. “Ela mente. Eu estive com ela, fui apurar nos registros, uma vez, sentado com, pelo menos, cinco ou seis pessoas… Em momento nenhum isso foi citado”, disse.

Na entrevista, Álvaro Antônio também criticou a Folha. “A Folha de S.Paulo, por exemplo, é uma instituição político-partidária que está, a todo instante, tentando abalar o governo. Tentou fazer com que o presidente Jair Bolsonaro não chegasse à Presidência da República. E, agora, continua atacando membros do governo. Me escolheram nesse momento, exatamente para tentar desestabilizar”, disse o ministro.

Em resposta, o jornal nega fazer oposição ao governo Bolsonaro. “A Folha é apartidária, independente e pluralista. Não faz oposição ao governo Bolsonaro, como não fez a governo nenhum. Realiza, sim, jornalismo crítico, que é a base de seu projeto. As revelações feitas pela Folha são fruto de reportagens que incluem entrevistas com personagens e documentos, material que serviu de base para abertura de investigações pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.”

Como a Folha mostrou em reportagens publicadas desde 4 de fevereiro, um grupo de quatro candidatas do partido recebeu R$ 279 mil, tendo tido votação ínfima. Parte desse dinheiro voltou para empresas de pessoas ligadas ao gabinete do hoje ministro.

Uma quinta candidata, Cleuzenir Barbosa, deu depoimento ao Ministério Público em dezembro afirmando ter sido pressionada por dois assessores de Álvaro Antônio a devolver parte dos R$ 60 mil que recebeu da verba do PSL. Ela diz que o ministro sabia de tudo.

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