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Política O ministro Gilmar Mendes evitou comentar em um evento a discussão que teve com o ministro Barroso: “Vamos nos ocupar de temas produtivos”

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Os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes protagonizaram na quinta-feira uma tensa discussão no plenário do STF. (Fotos: Reprodução)

Após um evento em São Paulo neste sábado (27), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes evitou comentar o embate com o também ministro Luís Roberto Barroso e se recusou a responder se iria pedir desculpas ou não.“Vamos nos ocupar de temas produtivos. Acabei de falar agora sobre a mudança de regime, da necessidade de debate. Não vamos dedicar a esse tipo de […] Tá tudo bem, então?”, disse aos jornalistas na saída do XVI Encontro Nacional de Direito Constitucional, que está sendo realizado na sede do Instituto de Direito Público de São Paulo (IDP-SP), localizado no Centro de São Paulo.

Gilmar também rebateu avaliação negativa contra o Supremo e críticas contra ele.

“A nossa função é uma muito difícil, porque a nossa função é muitas vezes contra a majoritária, não é. Nós temos que muitas vezes desagradar as pessoas. Quando nós concedemos, por exemplo, habeas corpus para uma pessoa, em geral as pessoas querem que todos fiquem presos, né, mas nós temos que respeitar os direitos”, disse.

“Eu não acredito que seja assim [sua avaliação negativa]. Eu ando aqui em São Paulo e todos querem tirar foto comigo”, completou.

Os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes protagonizaram na quinta-feira (26) uma tensa discussão no plenário do STF.

A discussão começou quando Gilmar criticou a forma como o Rio de Janeiro – Estado de origem de Barroso e em grave crise fiscal – vinha utilizando dinheiro de terceiros depositados na Justiça para pagar dívidas que tinha com pessoas e empresas.

Na sessão, estava em julgamento outro assunto: uma ação para validar a extinção do Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará. No momento, Gilmar Mendes votava e falava sobre a gestão de recursos públicos.

Incomodado com a crítica ao Rio de Janeiro, Barroso citou Mato Grosso, Estado de Gilmar Mendes, “onde está todo mundo preso”.

Gilmar Mendes então treplicou lembrando da atuação de Barroso no mensalão: afirmou que ele soltou o ex-ministro José Dirceu. Relator da execução penal do petista, Barroso respondeu que tomou a decisão com base em decreto da ex-presidente Dilma Rousseff de conceder indulto (perdão da pena) a condenados.

Não transfira para mim essa parceria que vossa excelência tem com a leniência em relação à criminalidade de colarinho branco”, disse Barroso ao final da discussão a Gilmar Mendes, que apenas respondeu: “Hehehe, imagine”.

Durante a discussão, Gilmar disse que Barroso foi responsável por soltar o ex-ministro José Dirceu, condenado no mensalão. Barroso explicou que apenas tinha cumprido a lei, disse que o colega mentia e fez críticas à atuação dele na Corte.

Vossa Excelência devia ouvir a última música do Chico Buarque: a raiva é filha do medo e mãe da covardia. Vossa excelência fica destilando ódio o tempo inteiro. Não julga, não fala coisas racionais, articuladas, sempre fala coisa contra alguém, está sempre com ódio de alguém, está sempre com raiva de alguém. Use um argumento”, falou.

Em um momento seguinte, Gilmar respondeu: “Quanto ao meu compromisso com o crime de colarinho branco, eu tenho compromisso com os direitos fundamentais. Fui o presidente do STF que foi inicialmente que liderou todo o mutirão carcerário. São 22 mil presos libertados e era gente que não tinha sequer advogado. Não sou advogado de bandidos internacionais”, provocou.

Barroso ainda replicou: “Vossa excelência vai mudando a jurisprudência de acordo com o réu. Isso não é estado de direito, é estado de compadrio. Juiz não pode ter correligionário”, disse.

 

 

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