Domingo, 05 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de abril de 2020
Apesar de prever que o ciclo da pandemia do novo coronavírus no Brasil vai se alongar pelas próximas 12 semanas, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, defendeu nesta quinta-feira (9) a retomada de atividades econômicas logo após a Páscoa.
Em transmissão pela internet promovida pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o ministro apresentou argumentos alinhados ao presidente Jair Bolsonaro e que se contrapõem às orientações recentes do Ministério da Saúde.
Ele iniciou sua fala sobre o tema afirmando que as epidemias do século XX têm um padrão de duração de 12 a 14 semanas, entre a elevação, a estabilidade, e o recuo dos casos de infecção. Desse modo, o Brasil ainda teria mais “10 ou 12 semanas pela frente”.
Em seguida, passou a defender o fim do isolamento nas cidades após a Páscoa, a partir da próxima semana. Ele afirma ter feito esse apelo a prefeitos e governadores.
Nas últimas semanas, governadores impuseram restrições sobre a circulação de pessoas e o funcionamento de atividades da economia. As limitações poupam áreas essenciais, como hospitais, farmácias, padarias e supermercados.
Em discurso similar às declarações de Bolsonaro, Onyx disse que a mortalidade entre pessoas de até 60 anos de idade é baixa. Para ele, esse grupo tem de voltar a trabalhar.
“Do ponto de vista da vida do País, é esse equilíbrio que o presidente Bolsonaro procura exercitar. Cuidar da saúde, mas também cuidar dos aspectos econômicos, porque desemprego, miséria e fome matam. E matam mais do que a epidemia”, afirmou.