Sábado, 19 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 4 de janeiro de 2021
Levantamento feito pela Universidade Johns Hopkins mostra que as infecções pelo novo coronavírus no mundo já passam de 85 milhões – eram, até as 21h dessa segunda-feira (4), 85.596.589 casos relatados. A universidade faz um trabalho de monitoramento diário dos casos da doença reportados às autoridades de saúde no mundo, e identificou que, apenas nos dois primeiros dias de 2021, os novos casos de covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, superaram os 1,1 milhão de registros.
Segundo o levantamento, apenas no dia 1º foram reportados 539,3 mil novos casos, e os países que registraram os maiores números de novas infecções foram: Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, Itália, Índia e Brasil.
As mortes são 1.851.016, sendo que seis países concentram mais da metade dos óbitos: EUA (353.069), Brasil (196.561), Índia (149.649), México (127.213), Itália (75.680) e Reino Unido (75.544).
Nova cepa no Brasil
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou nessa segunda os dois primeiros casos no Estado da nova variante do coronavírus identificada inicialmente no Reino Unido.
A confirmação foi feita pelo Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz, que é vinculado à pasta estadual, após o sequenciamento genético de amostras encaminhadas pelo laboratório privado Dasa no último sábado (2).
Um dos casos confirmados é de uma mulher residente de São Paulo de 25 anos, que teve contato com viajantes que passaram pelo Reino Unido. Ela começou a apresentar sintomas como dor de cabeça, dor de garganta, tosse, mal estar e perda de paladar no dia 20 de dezembro, e realizou o teste do tipo PCR em 22 de dezembro.
O outro paciente é um homem de 34 anos, que a secretaria informou que ainda investiga o histórico do caso, os sintomas e seu local de moradia.
Ambas as contaminações são da linhagem B.1.1.7 do vírus, variante que já foi registrada em pelo menos outros 17 países. Ela tem mutações que afetam a maneira como o vírus se fixa nas células humanas e é 56% mais contagiosa.
Não há evidências de que a variante provoque casos mais graves ou com maior índice de mortes, nem mesmo que seja resistente às vacinas.
No Reino Unido, ela já representa mais de 50% dos novos casos diagnosticados, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ainda de acordo com o Instituto Adolfo Lutz, que fez a análise das amostras, “as sequências realizadas pelo Lutz foram comparadas e mostraram-se mais completas que a primeira identificada pelo próprio Reino Unido”. O sequenciamento genético foi compartilhado com pesquisadores de todo o mundo através de um banco de dados online e mundial.