Terça-feira, 29 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 19 de novembro de 2020
O mundo registrou um novo recorde diário de mortes por Covid-19, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins. Foram 11.274 óbitos na quarta-feira (18), contra 11.099 no dia anterior. É a quarta vez no mês que são registradas mais de 10 mil mortes em 24 horas.
A universidade americana tem um painel em tempo real que monitora o avanço da pandemia em todo o mundo. Ele é abastecido com dados oficiais e podem ser revisados e alterados. A alta no número de mortes ocorre no dia em que os Estados Unidos, o país mais afetado pela pandemia, passaram de 250 mil óbitos.
Já são mais de 1,3 milhão de vítimas em todo o planeta, e os países com mais óbitos depois dos EUA são Brasil (167 mil), Índia (131 mil), México (99 mil) e Reino Unido (53 mil).
O mundo tem atualmente 56,3 milhões de casos registrados e bateu o recorde diário de infectados por três dias seguidos na semana passada. Foram 644 mil casos na quarta (11), 646 mil na quinta (12) e 648 mil na sexta (13) da semana passada. Nesta semana, foram 609 mil novos infectados na terça (17) e mais 623 mil na quarta (18).
Os países mais afetados são: EUA: (11,5 milhões de casos), Índia (8,9 milhões), Brasil (5,9 milhões), França (2 milhões) e Rússia (1,9 milhões). Na quinta-feira (19), o Japão registrou pela primeira vez mais de 2 mil novos infectados. Foram 2.179 casos, contra 1.723 do recorde anterior, registrado no sábado (14).
Comparado a outros países, o Japão se saiu bem melhor no combate ao vírus. O país confirmou 122.966 infecções e 1.922 mortes desde o início da pandemia.
A África ultrapassou os 2 milhões de casos e 48 mil mortes. Os dados são dos centros para controle e prevenção de doenças do continente. Os 54 países africanos, que têm 1,3 bilhão de habitantes, concentram cerca de 4% dos infectados e óbitos do mundo. Os Estados Unidos são responsáveis por 20% do total global. O país mais afetado é a África do Sul, que tem mais de 750 mil casos e 20 mil mortes. Na sequência vêm Marrocos (mais de 300 mil), Egito (mais de 110 mil) e Etiópia (mais de 100 mil).
Europa
O diretor-chefe do escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Europa, Hans Kluge, declarou na quinta-feira (19) que o lockdown é uma medida de último recurso para combater a pandemia da COVID-19.
De acordo com ele, as medidas de lockdown na Europa podem ser evitadas se o uso de máscaras for respeitado. “Os lockdowns são evitáveis, mantenho minha posição de que os bloqueios são uma medida de último recurso. Se o uso da máscara atingir 95%, os bloqueios não serão necessários”, disse Kluge em entrevista coletiva.
O diretor da OMS também defendeu que “as escolas primárias devem ser mantidas abertas”, acrescentando que o seu fechamento “não é eficaz”. De acordo com ele, as crianças e adolescentes não estão provocando a disseminação do novo coronavírus. Muitos países da Europa voltaram a adotar medidas mais restritivas para controlar o avanço da pandemia da COVID-19.