Quarta-feira, 05 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de fevereiro de 2021
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prevê uma “extrema competição” entre os Estados Unidos e a China, mas não deseja um conflito entre as duas principais potências do mundo, de acordo com uma entrevista exibida pelo canal CBS.
Biden disse que desde que assumiu o cargo ainda não conversou com o colega chinês, Xi Jinping, mas que “não tem motivos para não ligar para ele”.
“Ele não tem, e não digo isso como uma crítica, apenas como realidade, um só osso democrático em seu corpo. A questão é, eu disse o tempo todo que não precisamos ter um conflito. Mas vai haver extrema competição. E não vou fazer isso da maneira que ele conhece”, afirmou Biden na entrevista.
Ele explicou que não vai fazer isso “da forma que Trump fez”, mas que vai se “concentrar nas regras internacionais”.
Os comentários do presidente americano estão entre os primeiros a respeito da posição de seu governo sobre a China desde que assumiu o cargo, em 20 de janeiro passado. Washington considera a China como seu principal adversário estratégico, assim como seu primeiro desafio no cenário mundial.
Trump optou por um confronto aberto e ataques verbais, embora sem quaisquer resultados tangíveis, em especial em termos comerciais – o enorme déficit comercial dos Estados Unidos com a China não diminuiu. Biden desmantelou muitas das medidas mais polêmicas da era Trump, ao mesmo tempo em que sinaliza que a potência americana cuidará de seus próprios interesses.
Comércio com o Brasil
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse nesta segunda-feira em sua entrevista diária que os EUA vão fortalecer os laços econômicos e aumentar o comércio com o Brasil nos próximos meses. O comentário foi em resposta a pergunta sobre como ficaria o relacionamento com o Brasil depois que deputados progressistas e acadêmicos americanos pediram ao governo americano para que não continue negociando acordos de comércio com o Brasil caso o país não mude seu comportamento em áreas como direitos humanos e meio ambiente.
“Estamos certamente prestando atenção ao que acontece no Brasil”, disse a secretária de Imprensa, Jen Psaki. “Estamos engajados nesse relacionamento econômico, que é significativo. Nós somos, de longe, os maiores investidores no Brasil, incluindo em muitas das empresas mais inovadoras e focadas no crescimento do país, e nós vamos continuar a fortalecer nossos laços econômicos e aumentar nossa relação comercial grande e crescente nos próximos meses.” As informações são da agência de notícias AFP e do jornal O Globo.