Subiu em 8% o número de mortes nas rodovias federais de todo o País no carnaval deste ano em relação a 2019. O dado consta em balanço preliminar divulgado nesta quinta-feira (27) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que também indica um aumento de 6% na quantidade de feridos. O documento inclui dados registrados entre os dias 21 e 26 de fevereiro e mostra ainda que os estados com mais óbitos foram Santa Catarina, Bahia, Minas Gerais e Paraná — os quatro concentram 51% das fatalidades.

De acordo com a corporação, 91 pessoas morreram nos quatro dias de folia e na Quarta-Feira de Cinzas. No ano passado, a marca foi de 83 mortos e representou uma redução em relação a 2018, quando 103 pessoas perderam a vida.

O levantamento da PRF revela também uma diminuição no número de acidentes: eles somaram 1.213 registros, com queda de 3% em comparação com 2019. Uma vez que o número de mortes subiu, porém, a corporação avaliou que as ocorrências foram mais letais nesta temporada.

Chamou a atenção dos agentes também o salto de 64% nas autuações por embriaguez no trânsito — elas totalizaram 3.260 casos. Dirigir alcoolizado é um comportamento classificado pela PFR como potencializador de “risco e letalidade” nas estradas, assim como não utilizar o cinto de segurança (alta de 43% nas autuações este ano); ultrapassagens indevidas (24% a mais do que em 2019) e o uso de celular (salto de 57% ocorrências).

Ainda segundo a PRF, cerca de 87% das mortes deste ano poderiam ter sido evitadas, uma vez que suas causas preliminares estavam relacionadas a comportamento de risco por parte de condutores e pedestres.

Aumento por embriaguez

No comunicado, a PRF ressaltou o “aumento nas infrações que mais geram risco e letalidade no trânsito”. Veja os dados divulgados: 3.260 autuações por embriaguez foram efetuadas, aumento de 64% em relação a 2019; não uso do cinto de segurança, com 7.608 autuações em 2020, o que representa um aumento de 43% comparado ao ano anterior; ultrapassagens indevidas, foram 10.899 flagrantes, o que significa mais 24%; e uso de celular, com 434 condutores autuados, significando mais 57%.

A PRF afirmou que 87% das mortes poderiam ter sido evitadas pois tiveram a causa preliminar apontada relacionada a algum comportamento de risco por parte de condutores e pedestres.

Os atropelamentos, saídas de pista e colisões frontais foram responsáveis por 68% do total de mortos no período. Os Estados de Santa Catarina, Bahia, Minas Gerais e Paraná concentraram 51% dos óbitos.