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Brasil O operador financeiro Lúcio Funaro, que está preso há quase um ano, depõe no inquérito que investiga Michel Temer e dá sinais de que pode delatar

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Ex-presidente da Câmara dos Deputados não reconhece crimes e poupa aliados. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Até ser citado na gravação entre o empresário Joesley Batista e o presidente da República, Michel Temer, o nome Lúcio Funaro não era necessariamente popular. Nas últimas semanas, porém, não para de ganhar projeção. Com trânsito entre empresários e políticos, principalmente do PMDB, vem depondo no inquérito que investiga Temer por corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa. Como é apontado pelos investigadores como um homem de dentro dos esquemas do partido, o gravador de Joesley pode virar traque perto de seus explosivos documentos e grampos.

Quem conhece Funaro usa adjetivos como “brilhante”, “carismático” e “divertido” para defini-lo. Mas também “maluco”, “descontrolado” e “perigoso”. Ele tem temperamento expansivo, fala agitada e, quando se irrita, esbraveja palavrões inomináveis. Há quase um ano, porém, permanecia mudo em uma cela da Papuda, presídio em Brasília. Mês sim, mês não, circularam boatos de que negociava delação premiada. Agora, emite um sinal forte de que o momento chegou. Contratou o criminalista Antonio Figueiredo Basto, referência em delações. Só na Operação Lava-Jato, ele homologou dez.

Preso em julho do ano passado, na Operação Sépsis, é acusado de pedir propina a empresários em troca da liberação de recursos da Caixa Econômica Federal. Segundo investigadores, manipularia não apenas financiamentos, mas também o FI-FGTS, o bilionário fundo mantido com recursos do trabalhador e gerido pela Caixa. E, de acordo com as apurações, não estaria só: seria operador do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nesses e em outros esquemas ligados ao PMDB.

Na quarta-feira, Funaro, em Brasília, e Cunha, preso em Curitiba, prestaram depoimentos no inquérito de Temer. Antes, a estratégia de Funaro era falar pouco ou nada. Agora, é responder a todas as perguntas. Foi seu segundo depoimento na investigação. Durou quatro horas. Não teria poupado o ex-ministro e aliado pessoal de Temer Geddel Vieira Lima. Ex-vice-presidente da Caixa, Geddel é investigado nos mesmos supostos esquemas de Funaro e Cunha, mas, em sua defesa, alega ser vítima de ilações.

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