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Colunistas O outro lado do arco-íris

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O pote de ouro não está no fim do arco-íris, e o Leprechaun hoje ri de quem tentou enganá-lo

Foto: O Sul
O pote de ouro não está no fim do arco-íris, e o Leprechaun hoje ri de quem tentou enganá-lo. (Foto: O Sul)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Reza a lenda irlandesa dos Leprechaun que no fim do arco-íris um pote de ouro está à espera de quem conseguir vencer a esperteza dos pequenos duendes.

A Europa, tão sestrosa de seus princípios humanitários e libertários, acreditou que o pote estaria à sua espera driblando os princípios básicos da convivência humana e das múltiplas facetas que envolvem a pacificação do tecido social.

O canto da sereia dos humanistas de redes sociais e corredores universitários corrompidos levou gestores e líderes europeus a acreditarem que abrir suas fronteiras de forma irresponsável e unilateral seria retribuído com uma população imigrante trabalhadora construtivista, tal qual ocorreu na América do fim do século XIX.

Os tempos são outros e a própria geografia migratória alterou de forma devastadora os reais motivos de mudanças populacionais e sua consequente adaptação social.

A luta contra o preconceito e a xenofobia entrou em campo e criou a dicotomia e com ela a ideologização desse tema tão sensível.

Ao fugir da avaliação das reais variáveis inerentes ao tema, a migração populacional passou a ser tratada de forma estritamente política e social, ignorando o mais importante, que é a capacidade de assimilação do tecido social ao volume migratório a ele imposto.

Países outrora equilibrados na economia começam a dar sérios indicativos de descontrole populacional, social e cultural restaurando ambientes de violência urbana, escassez e pressão orçamentária no atendimento às necessidades básicas da população.

Capitais europeias outrora seguras e referência em convívio social e histórico, mostram que as fronteiras abertas trouxeram um custo difícil de superar a curto e médio prazo.

A coisa cresceu e isso tornou o problema tão grande quanto a necessária coragem para buscar soluções.

A Europa mostra sua decadência a olhos vistos e, salvo raras exceções como a Polônia e alguns países escandinavos, o destino a curto prazo lhes reserva problemas de toda a ordem e que dificilmente serão resolvidos em alguns anos.

Ideologizar as correntes migratórias e aceitar a atecnicidade como conceito social mudou a Europa para sempre, com ou sem soluções no horizonte.

O pote de ouro não está no fim do arco-íris, e o Leprechaun hoje ri de quem tentou enganá-lo.

* Gustavo Victorino, deputado estadual, advogado, jornalista e radialista

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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