Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 7 de setembro de 2020
O papa Francisco aceitou, nesta segunda-feira (7), a renúncia de um bispo dos Estados Unidos que foi acusado de pedofilia. O monsenhor Michel Mulloy tinha sido nomeado bispo de Duluth, no estado de Minnesota, em junho. O prelado de 66 anos assumiria as novas funções no dia 1º de outubro.
Antes disso, no entanto, ele foi notificado de que foi denunciado por abusos sexuais no início dos anos 1980 quando ele estava na diocese de Rapid City, no estado de Dakota do Sul.
A diocese de, então, informou a polícia e pediu ao prelado para que ele deixasse de exercer suas funções. Seus membros concluíram que “a acusação atendeu aos critérios da lei canônica para dar prosseguimento à investigação”.
Mulloy foi notificado das acusações e apresentou sua renúncia, acrescentou o comunicado.
“O Santo Padre aceitou a renúncia apresentada pelo bispo de Duluth, monsenhor Michel Mulloy”, anunciou a Santa Sé, sem dar qualquer explicação.
Um porta-voz da polícia de Rapid City disse que não há investigação ativa sobre o bispo. A polícia em Duluth não respondeu aos pedidos de comentários.
Nas últimas duas décadas, a Igreja Católica Romana recebeu uma série de denúncias de casos de abuso sexual. Bilhões de dólares foram gastos em acordos extrajudiciais.
A Igreja dos EUA ainda está se recupera de uma revelação de um caso da Justiça do estado da Pensilvânia, onde padres abusaram de cerca de mil pessoas ao longo de sete décadas.
Arcebispo polonês
No dia 13 de agosto, o papa Francisco aceitou a renúncia do controverso arcebispo polonês de Gdansk, Slawoj Leszek Glódz, de 75 anos, anunciou a Santa Sé.
O pontífice nomeou por enquanto um administrador apostólico provisório para chefiar o arcebispado, abalado por uma série de escândalos.
O bispo Glódz, conhecido por seu estilo de vida e amor ao luxo, no ano passado foi publicamente acusado por vários padres em seu país de estar envolvido em casos de assédio psicológico e por encobrir a pedofilia. O arcebispo negou tais acusações.
Em junho, um grupo de católicos polonês pediu ao Papa Francisco que interviesse nos casos de bispos que continuam a encobrir padres que abusam sexualmente de menores.
O grupo “EnoughHarm” publicou o pedido em página inteira do jornal italiano La Repubblica, no qual pediam a Francisco para “consertar nossa Igreja” e curar as feridas das vítimas de abusos.
A Polônia, um país altamente católico, registrou recentemente uma série de denúncias de abusos sexuais cometidos por padres, que também envolvem seus superiores por terem encoberto os casos. As informações são do portal de notícias G1 e da agência de notícias AFP.