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Mundo O papa diz temer derramamento de sangue, mas rejeita assumir posicionamento sobre a crise na Venezuela

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"Se uma pessoa tem uma tendência ou outra, isso não lhe tira a dignidade como pessoa", disse o papa. (Foto: Reprodução)

O papa Francisco disse temer um derramamento de sangue na Venezuela, mas que seria prematuro para ele tomar um dos lados porque isso poderia causar mais problemas no país. Na semana passada, o líder da oposição e presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó, se declarou presidente interino do país, confrontando abertamente Nicolás Maduro.

Estados Unidos, Brasil e diversos países ao redor do mundo reconheceram a liderança de Guaidó, enquanto potências europeias deram um prazo de oito dias para que Maduro convoque eleições, do contrário reconhecerão o oposicionista como presidente interino. Maduro, no entanto, rejeitou o ultimato.

“Neste momento, apoio todo o povo venezuelano porque eles estão sofrendo”, afirmou o papa no domingo (27), a bordo do avião papal que o levou de volta ao Vaticano após visita ao Panamá. “Sofro pelo que está acontecendo na Venezuela.”

“O que é que me assusta? Derramamento de sangue. O problema da violência me assusta. O derramamento de sangue não resolve nada”, disse o pontífice. A bordo do avião, um jornalista do México instou o papa a se posicionar, dizendo que os venezuelanos “querem ouvir do seu papa latino-americano”.

“Se eu disser ‘ouça a esses países’ ou ‘ouça a aqueles países’, me colocaria em uma posição que desconheço, seria uma imprudência pastoral e eu causaria problemas”, afirmou Francisco. Nos últimos anos, o Vaticano e líderes europeus e latino-americanos tentaram mediar um diálogo entre Maduro e a oposição, mas a tentativa não prosperou.

Ultimato

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou o ultimato internacional para convocar eleições dentro de oito dias e disse que o líder da oposição, Juan Guaidó, violou a Constituição do país ao declarar-se presidente. Em entrevista no domingo (27), Maduro disse estar aberto ao diálogo e que um encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump, é improvável, mas não impossível.

Washington, que reconheceu Guaidó como líder, pediu no sábado que o mundo “escolha um lado” na Venezuela e se desconecte financeiramente do governo de Maduro.

Com Maduro, a Venezuela mergulhou em uma crise econômica, social e política, com escassez de alimentos, uma inflação que deve subir para 10 milhões por cento este ano e protestos, que levaram a uma emigração em massa.

Reino Unido, Alemanha, França e Espanha disseram que reconhecerão Guaidó se Maduro não convocar novas eleições, um ultimato que a Rússia considera “absurdo” e que o chanceler venezuelano chamou de “infantil”.

EUA, Canadá, assim como a maioria dos países latino-americanos, incluindo o Brasil, e muitos países europeus classificaram as eleições do segundo mandato de Maduro, em maio do ano passado, como fraudulentas.

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