Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 9 de agosto de 2017
A população do Paraná ultrapassou a do Rio Grande do Sul pela primeira vez, nesta quarta-feira (9), aponta cálculo feito pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social), com base nas projeções do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Conforme o Ipardes, por volta das 6h, a população dos dois Estados se igualou, alcançando a marca de 11.331.597 pessoas. Logo depois, o número de paranaenses passou a ser maior do que de gaúchos, informou o instituto.
IBGE
Os números são diferentes, no entanto, dos apresentados pelo IBGE por volta das 21h desta quarta. De acordo com dados do instituto, a população do Rio Grande do Sul era de 11.331.563, enquanto a do Paraná era de 11.331.521.
Explicação
A inversão se explica porque a população do Paraná cresce mais que o dobro que a do Rio Grande do Sul, de acordo com o IBGE. A cada dia, estima-se que a população paranaense cresça em mais 205 pessoas, enquanto o Rio Grande do Sul ganha 90 pessoas.
Média
Em média, portanto, o Paraná aumenta uma pessoa na sua população a cada sete minutos e dois segundos. O Rio Grande do Sul, leva mais que o dobro de tempo. A população gaúcha ganha uma pessoa a cada 15 minutos e 55 segundos.
Estágio demográfico
“O Rio Grande do Sul se encontra em um estágio demográfico mais consolidado, com menor taxa de fecundidade, maior expectativa de vida e um saldo migratório negativo, com mais pessoas deixando o Estado do que indo morar nele”, analisa Julio Suzuki Júnior, diretor do Ipardes.
Projeção
O Paraná deve atingir 12,208 milhões de habitantes até 2040. As projeções do Ipardes apontam para o aumento da população idosa e diminuição de jovens. A população de zero a 14 anos deve passar de 20,8% em 2017 para 14,6% do total do estado. A população idosa, por sua vez (65 anos ou mais) passará de 9,2% para 19,9% no período.
A população de zero a 14 anos deve passar de 20,8% em 2017 para 14,6% do total do Estado. A população idosa, por sua vez (65 anos e mais) passa de 9,2% para 19,9% no período.
Tendência
Essa tendência, explica o diretor de pesquisas do Ipardes, é verificada em todo Brasil e está associada ao declínio da natalidade e à ampliação da expectativa de vida. Do ponto de vista prático, a compreensão dessa mudança de patamar ajuda, de acordo com Suzuki Júnior, no planejamento de políticas públicas.
Esse novo desenho contemplará, por exemplo, uma demanda maior por serviços de saúde e uma oportunidade para melhorias na educação. “Com o nascimento de menos crianças e por consequência menos alunos em sala de aula, é possível, por exemplo, se adotar um regime de educação integral nas escolas”, exemplifica. (AG/Ipardes)