Quarta-feira, 12 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de agosto de 2018
O patrimônio da ex-presidenta Dilma Rousseff (2011-2016) aumentou cerca de 10% nos últimos quatro anos. Agora candidata ao Senado por Minas Gerais, a petista declarou bens no valor de R$ 1,93 milhão ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Em 2014, quando disputou a reeleição, ela tinha R$ 1,75 milhão.
Quando comandava o Executivo federal, Dilma recebia um salário de R$ 30,9 mil e assim foi até 2016, quando sofreu o impeachment no Congresso Nacional. A variação patrimonial de lá para cá equivale a aproximadamente sete meses de salário acumulado.
A principal diferença ocorreu em uma aplicação de Dilma na caderneta de poupança, que passou de R$ 129,9 mil para R$ 427,3 mil. Também houve um crescimento na conta corrente: ela tinha R$ 1,2 mil depositados e agora tem R$ 51,2 mil.
O restante do patrimônio permaneceu estável: a ex-presidenta possui três apartamentos, dois terrenos e uma casa (que somam R$ 1,3 milhão), além de R$ 72 mil em joias e um carro de R$ 30 mil. No período entre 2010 e 2014, o crescimento havia sido maior, de 64%. Na primeira vez que disputou a Presidência, a petista havia declarado R$ 1.06 milhão.
Aécio Neves
Dentre os três candidatos com votação mais expressiva na última eleição presidencial, a maior variação patrimonial foi a do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que concorrerá a uma vaga como deputado federal por Minas Gerais neste ano.
O patrimônio do tucano, derrotado por Dilma no segundo turno em 2014, cresceu 144% em quatro anos. Já a ex-senadora Marina Silva (Rede), que terminou o primeiro turno com pouco mais de 22 milhões de votos em 2014, aponta que seu patrimônio diminuiu: passou de R$ 181 mil para R$ 118 mil na declaração apresentada neste ano. Ela é a única do trio que concorrerá novamente ao Palácio do Planalto.
Disputa pelo Senado
Em 2016, Dilma sofreu impeachment por 367 votos a 137 na Câmara dos Deputados e por 61 votos a 20 no Senado. A acusação que embasou o processo foi de crime de responsabilidade, nas chamadas “pedaladas fiscais”.
A votação no Senado que concluiu o impeachment de Dilma foi fatiada, e com isso a ex-presidente manteve os direitos políticos mesmo sendo afastada do cargo. Com isso, Dilma pôde lançar chapa para concorrer a uma vaga ao Senado neste ano.
Os suplentes na chapa de Dilma ao Senado serão dois vereadores de Belo Horizonte: Arnaldo Godoy e Pedro Patrus, ambos do PT.
A ex-presidenta será tratada com prioridade pelo PT na distribuição dos recursos do fundo eleitoral. Ela deve receber um valor aproximado ao limite legal estabelecido pelo TSE para a disputa ao cargo no estado: R$ 4,2 milhões.
Nenhum senador petista que tentará a reeleição deve ganhar perto dessas cifras. A divisão prevista para eles pelo partido é menos da metade do que será destinado a Dilma: entre R$ 1,2 milhão e R$ 1,6 milhão para cada.