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Brasil O patrimônio dos presidenciáveis vai de zero a quase meio bilhão de reais

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Meirelles também reconhece a necessidade de um programa de renda mínima para a população mais vulnerável. (Foto: Agência Brasil)

Os 13 candidatos à Presidência da República declararam patrimônio somado de R$ 834 milhões, em uma curva que parte do zero e chega a quase meio bilhão.

Os mais ricos, disparados, são João Amoêdo (Novo), que fez carreira como executivo do setor bancário, com R$ 425 milhões, e o ex-ministro da fazenda Henrique Meirelles (MDB), que já presidiu o BankBoston, com R$ 377 milhões.

Na linha extrema oposta está o bombeiro militar Cabo Daciolo (Patriota), que apesar de ser deputado federal desde 2015, com salário mensal de R$ 33,7 mil, afirmou à Justiça eleitoral não ter nenhum bem.

A relação patrimonial dos candidatos deve ser vista com reserva, porque a lei é bem permissiva nesse ponto, sendo raríssimos os casos de punição em relação a quem apresenta dados divergentes.

Um exemplo: a Receita Federal não permite que os contribuintes atualizem o valor de seus imóveis na declaração anual, já que, se isso ocorresse, teria perda de arrecadação no momento da venda do bem.

Não há nada na legislação eleitoral que obrigue os políticos a replicar essa conduta ao entregar o pedir o registro de candidatura, mas a maioria segue essa regra, evitando declarar o preço real, de mercado, o que reduz o valor patrimonial.

Tendo entrado na quarta-feira (15) com o pedido de registro de sua candidatura, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou ter patrimônio de R$ 8 milhões, quase dez vezes o montante de seu último informe eleitoral de bens, em 2006, ano em que disputou a reeleição.

A inflação acumulada neste período foi de 97%.

Preso desde 7 de abril devido à condenação em segunda instância pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex de Guarujá (SP), Lula tem R$ 6,3 milhões em VGBL, fundo de previdência privada.

Além disso, o ex-presidente declara a posse de três terrenos e três apartamentos. Dois dos apartamentos estão listados com valor de cerca de R$ 38 mil, cada um. O mais caro tem o preço de R$ 189 mil.

O petista diz ter dois veículos, um de R$ 170 mil e outro de R$ 97 mil.

Sua declaração de 2006 listou bens de R$ 839 mil, entre eles um terreno, três apartamentos em São Bernardo do Campo (SP) e um em construção, no Guarujá (SP), o mesmo empreendimento pelo qual foi condenado.

De acordo com a sentença do juiz Sérgio Moro, confirmada em segunda instância, Lula recebeu propina da OAS por meio de um triplex neste empreendimento.

O ex-presidente também responde ação sob suspeita de ser proprietário real de um sítio em Atibaia, interior de São Paulo.

Em documento entregue por Lula ao fisco em dezembro de 2010, quando encerrou seus dois mandatos na Presidência da República, Lula havia declarado patrimônio de R$ 1,9 milhão.

A evolução patrimonial na época se deveu a renda com a L.I.L.S, empresa de palestras de Lula, criada após ele deixar a Presidência.

Nesse período, Lula deu cerca de 70 palestras no Brasil e exterior, segundo afirmou à Polícia Federal. O filho do ex-presidente João Goulart, João Goulart Filho (PPL) informou bens em valores similares ao de Lula, R$ 8,6 milhões. A lista divulgada pelo site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), porém, traz duas casas no valor de R$ 1 cada uma.

O tribunal tem divulgado o patrimônio dos candidatos de forma cifrada, sem detalhamento de cada bem, como fazia nas eleições anteriores.

Após reportagem da Folha de S.Paulo apontar o recuo na transparência, a corte afirmou que iria reformular o sistema para voltar a detalhar os bens.

Seguindo a lista dos presidenciáveis mais ricos, aparece José Maria Eymael (DC), com R$ 6,1 milhões. Depois deles, vêm Álvaro Dias (Podemos), Jair Bolsonaro (PSL), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB), todos com patrimônio declarado entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões.

A candidata da Rede, Marina Silva, se declara mais pobre nesta eleição. No documento protocolado no TSE a ex-senadora declara ter R$ 118 mil em patrimônio. Em 2014, Marina afirmava ter R$ 181 mil em bens.

De lá para cá, a candidata manteve a casa e os seis lotes em uma chácara em Rio Branco (AC), no valor de R$ 60 mil e R$ 42 mil, respectivamente. As aplicações bancárias declaradas minguaram, afirma no documento entregue à Justiça Eleitoral: de R$ 30 mil no banco HSBC há quatro anos, Marina passou a ter R$ 7.159.

Vera Lúcia, do PSTU, que declarou um terreno de R$ 20 mil, e Guilherme Boulos, do PSOL, com um veículo de R$ 15 mil, completam a lista.

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