Domingo, 14 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de junho de 2018
Enquanto o PT mantém a candidatura de Lula, a direção nacional do PDT trabalha para reunir outros dois partidos de esquerda, PSB e PCdoB, em torno de seu pré-candidato, Ciro Gomes.
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirma tratar diariamente do assunto com dirigentes dos dois partidos. “Tenho conversado bastante para reunirmos forças em torno de um mesmo candidato. É esse o nosso trabalho”, afirma o ex-ministro Carlos Lupi. Ele acha que Ciro é quem tem mais chances, entre os candidatos da esquerda, de ir ao segundo turno.
Entre os partidos de esquerda, tanto o PSB quanto o PCdo B chegaram a tentar seus próprios candidatos.
Em abril, o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa filiou-se ao PSB com a missão de ser o candidato ao Planalto. Ainda antes de ter lançada sua possível candidatura, Joaquim Barbosa anunciou sua desistência da disputa. Antes de a situação de Lula ter se complicado com a prisão decretada pela Justiça Federal de Curitiba, o PCdoB já havia lançado a deputada gaúcha Manuela D´Avila como candidata. A deputada, entretanto, anunciou que não faria pré-campanha, em protesto contra a prisão de Lula, após visitá-lo na sede da Polícia Federal em Curitiba. Na opinião dela, todos os candidatos do campo ideológico do ex-presidente “deveriam se concentrar em denunciar que Lula é um preso político”.
O presidente do PDT admitiu ainda que a tarefa de reunir as forças de esquerda em torno de Ciro é difícil porque, para isso, é necessário compor os interesses de todos os partidos e conseguir reunir nos mesmos palanques candidatos que muitas vezes foram ou são adversários regionais.
Falando demais
Duas vezes candidato a presidente da República, Ciro Gomes (PDT) acabou morrendo pela boca. Na primeira vez chamou um eleitor de burro. Na segunda, disse que o papel de sua mulher na campanha era dormir com ele.
Recentemente, em Buenos Aires, Ciro atirou em Ciro novamente. Quando lhe perguntaram sobre as chances de se aliar ao DEM e ao PP, ele respondeu assim:
“Nesse primeiro momento, minha prioridade são o PSB e o PC do B. Se esta aliança se faz, posso avançar em partidos do centro à direita, porque a hegemonia moral e intelectual do rumo estará afirmada. Poderia incluir o PP e o DEM desde que eu tenha o PSB e o PC do B.”
Dito de outra maneira: PP e DEM são partidos incapazes de assegurar a hegemonia moral e intelectual da candidatura de Ciro. Podem até ser aceitos na companhia dele, em posição subalterna, desde que o PSB e o PC do B adiram primeiro.
O PC do B tem candidato próprio a presidente. O PSB não tem e dificilmente terá um só.