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O peso insuportável dos juros

O jurômetro chegou ontem a 133 bilhões de reais. O placar eletrônico mantido pela Federação das Indústrias de São Paulo registra, desde 1º de janeiro deste ano, o valor pago para sustentar a dívida pública do governo federal.

O déficit da Previdência Social tem previsão de chegar a 133 bilhões de reais até dezembro. É uma das dores de cabeça do governo Temer. A comparação permite compreender o peso do endividamento, feito sem responsabilidade ao longo de décadas. Sabe-se do bolso de quem sai o dinheiro para repassar aos bancos.

DESVIO DE FUNÇÃO

A judicialização da Saúde começa com a autorização dada por desembargadores para a compra de remédios, quando o governo alega motivos para não fornecer. Não são médicos, mas não podem se omitir. Agora, os ministros do Supremo Tribunal Federal tiveram de decidir sobre o uso da pílula que dá esperança a doentes. Em breve, pedirão a presença de magistrados nas salas de cirurgia para assinarem sentenças sobre procedimentos.

PENÚRIA DUPLA

Não só os partidos políticos reclamam da falta de dinheiro este ano. O presidente Gilmar Mendes disse ontem que o Tribunal Superior Eleitoral não terá recursos suficientes. Pede mais 250 milhões de reais ao governo federal para que não haja problemas a 2 de outubro.

TESOURADA

Está funcionando a troca de informações estabelecida desde a visita do governador Luiz Fernando Pezão a Porto Alegre, ano passado. Ontem, veio uma: está pronto o plano para reduzir o número de secretarias de 25 para 14. O valor a ser economizado no Rio de Janeiro animou aos que, mensalmente, no Palácio Piratini, precisam anunciar atraso no pagamento da folha dos servidores públicos.

EM NOVA FASE

Empresários gaúchos têm a impressão que a nova direção do BNDES vai afixar cartaz na porta: “Acabaram-se os empréstimos camaradas”.

NO JOGO

Para comprovar que a Política é um futebol, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo aprovou o encaminhamento do registro do Partido Nacional Corinthiano. Outras torcidas vão contra-atacar.

RÁPIDAS

* Antonio Feldmann vai integrar o secretariado estadual quando terminar o seu mandato de vice-prefeito de Caxias do Sul.

* O prefeito de Passo Fundo, Luciano Azevedo, do PSB, concorrerá à reeleição, tendo João Pedro Nunes, do PMDB, como vice.

* É cada vez mais verdadeira a frase de Ibsen Pinheiro: “Quando as galerias dos legislativos aplaudem, o povo paga a conta.”

* O curto-circuito agora é na Eletrobrás com a falta de 40 bilhões de reais.

* Em ano eleitoral, a maioria dos partidos procura especialistas na arte de evitar discórdias. É um tipo raro.

* Se José Dirceu falasse…

* O governo do Distrito Federal, que sempre nadou em dinheiro, avisou ontem: não terá como pagar salários dos servidores a partir de outubro.

* Deu no site: “Novo presidente da Petrobras diz que não haverá indicações políticas para cargos”. Será ver para crer.

* Eduardo Cunha lidera o ranking do Troféu Mussum Ensaboado. Premiará o político mais escorregadio do ano.

* Esta coluna rejeita a escolha feita, exige Elke Maravilha no Ministério da Cultura e lança o slogan: tudo pela extravagância.

 

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